Arroio do Meio – Na última semana a Petrobrás anunciou reajuste de 4% no preço da gasolina e de 8% no óleo diesel. No município o valor da gasolina comum e aditivada varia entre R$ 2,98 e R$ 3,14 e do diesel entre R$ 2,41 e 2,71. Já o preço do álcool manteve-se estável, entre R$ 2,49 e R$ 2,69. O reajuste ficou dentro da média estipulada pelo governo.
A metodologia considera os indicadores de endividamento e crescimento da estatal, para que retornem aos limites estabelecidos no Plano de Negócios 2013-2017. Para o reajuste não ser mais elevado as refinarias devem elevar a mistura de etanol à gasolina, de 20% para 25%, a partir de 1º de maio.
Repasse deve chegar de forma proporcional também aos transportes,aumentando também o preço dos alimentos e serviços, o chamado efeito cascata. Já os setores de comércio e serviço informais e de menor porte, como cabeleireiro, mecânico e eletricista o repasse pode ser integral, são atingidos por um “movimento de contaminação”, de acordo com economistas.
O presidente da Cooperativa de Transportes do Vale do Taquari (Valelog) Adilar Steffler, estima reajuste de 6 à 8% no valor do frete, mas só a partir de 15 de janeiro de 2014, por questões contratuais. “Infelizmente será impossível negociar o custo com a maioria dos cliente durante a véspera de fim de ano. Com isso todos os setores ligados ao transporte terão prejuízos”, explica.
Já o eletricista Antônio Diettrich, 49 anos, revela que infelizmente o custo terá que ser repassado aos clientes.
Plano de negócios
A revisão no valor do litro dos combustíveis estava prevista desde a metade do ano. Segundo a Petrobras, o objetivo é alcançar, em prazo compatível, a convergência dos preços no Brasil com as referências internacionais. A estatal alega prejuízo com a alta do petróleo no mercado mundial. Na semana passada, as ações da Petrobras avançaram mais de 2% com a expectativa do anúncio de um reajuste. No mês de novembro, a estatal caiu 6,4%.
Suspeita de Abusos
Em Porto Alegre, 70% dos postos de combustíveis visitados pelo Procon-RS, estavam praticando um valor superior aos 4% propostos pela estatal e serão notificados para justificarem a alta. O órgão defende a liberdade de mercado, mas entende que nesse caso um direito maior, que é o direito do consumidor, foi lesado em dois aspectos. Um deles é a falta de informação sobre a porcentagem aplicada. Outro é a elevação, sem justa causa, prevista no artigo 39 do Código de Defesa do Consumidor.
Os estabelecimentos com reajuste superior a 4% poderão sofrer processos administrativos e estarão sujeitos a aplicações de multas, caso não apresentem justificativa satisfatória para a alta. De acordo com o diretor do Procon-RS, a fiscalização terá novas etapas no interior do Estado, e o órgão segue recebendo denúncias dos consumidores através dos canais disponíveis online.