Arroio do Meio – Uma maior segurança para o abastecimento de água às famílias arroio-meenses está nos planos da Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan) na cidade. O estudo elaborado há um ano pela estatal aumenta a capacidade de produção de 30 litros por segundo para 40 litros por segundo na estação de tratamento de água (ETA). Mas, alguns detalhes inviabilizam a aplicação imediata desta ideia.
A afirmação partiu do gerente da Corsan local, Jaime Luiz Bersch, durante reunião com o prefeito Sidnei Eckert, secretários, vereadores e líderes comunitários. O encontro ocorreu na terça-feira, na Prefeitura. “Estamos sem previsão porque ainda estamos em fase de orçamento”, esclarece Bersch.
Segundo ele, o período de férias de alguns funcionários contribui para que a intenção permaneça no campo das ideias. Porém, acredita que não haverá muitos problemas para aumentar a capacidade da ETA. “O custo não é muito alto”, informa.
Bersch salienta que os benefícios são imediatos, quando o investimento for concluído. Com esses 10 litros a mais por segundo, a ETA terá maior agilidade para evitar as faltas de água quando houver longas falta de luz, o que prejudica o bombeamento.
Mais conscientização
Em 2012, as altas temperaturas, a falta de chuva mais constante e a falta de conscientização da população quase prejudicaram o abastecimento de água na região. O rio Taquari atingiu um dos mais baixos níveis de sua história, deixando a comunidade apreensiva. A lição, entretanto, ficou.
Bersch ressalta que os moradores estão mais conscientes da sua responsabilidade quanto ao consumo d’água. Costuma receber ligações de famílias informando a existência de vizinhos que lavam as calçadas com mangueira, aumentando o desperdício.
“Como não estamos em risco, a Corsan não pode ir lá e multar, mas quando são muitas reclamações a gente tenta conversar com as pessoas.” O presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) da cidade, João Fuhr, solicitou que a estatal continue com o trabalho de conscientização, encaminhando folhetos e pedindo cada vez mais a contribuição da sociedade.
Novos loteamentos
Para Bersch, são poucos os problemas enfrentados pela estatal na cidade. Os mais comuns são pequenos vazamentos, a falta de água em casos de longas falta de luz e alguns problemas do sistema interno da Corsan.
O ponto que pode causar alguns transtornos são os loteamentos. “Como eles são instalados em diversos pontos da cidade, pode nos causar um pouco de problema”, adverte. Porém, diz que a solução pode ser encontrada rapidamente, em uma conversa com os loteadores.
Conforme Eckert, o trabalho já ocorre de forma preventiva. Diz que os projetos de loteamento são analisados pela Corsan antes de serem aprovados.