A imunização dos bovinos de até 24 meses da febre aftosa superou a marca registrada em 2004. Dados da Inspetoria Veterinária Estadual apontam que 98% dos animais receberam as doses da segunda etapa da campanha contra a doença. A aplicação das vacinas ocorreu em novembro e o balanço foi divulgado no início deste ano.
Com um índice um pouco maior, a microrregião de cobertura do O Alto Taquari se destacou no Rio Grande do Sul. O veterinário da Inspetoria Veterinária da microrregião, Luiz Cesar Cougo, responsável por Arroio do Meio, Capitão, Travesseiro e Pouso Novo apontou a imunização em 99% do rebanho – a meta, publicada em novembro de 2013, era de vacinar seis mil cabeças de gado.
“O que faltou foram aqueles produtores que, no nosso sistema, constavam como proprietário de animais, mas que durante a vacinação não tinha mais nenhum”, avalia Cougo. “Ficamos entre 98,5% e 99%”, informa.
Cougo ressalta que poucos foram os proprietários que retiraram as vacinas na própria inspetoria. Quem fez isso, ainda teve que contratar um veterinário para aplicar corretamente as doses da imunização.
“Nós nunca tivemos um índice tão alto como esse. Nos últimos anos, ficávamos na média de 93% a 94% com as duas etapas”, complementa. Para o secretário estadual adjunto da Agricultura, Claudio Fiorenzi, o número é reflexo dos investimentos feitos pelo governo estadual no setor primário.
Lembrou que foram investidos R$ 60 milhões na defesa agropecuária, reformando as 248 Inspetorias de Defesa Agropecuária. “Também estamos fazendo concurso público para chamar mais 130 fiscais”.
O Ministério da Agricultura aguarda o encaminhamento do relatório de todos os estados para anunciar quem atingiu a meta. Na primeira etapa, realizada no primeiro semestre de 2013, a média de cobertura ficou em 97,3% no país. O Rio Grande do Sul ficou entre os dez maiores índices, com 97,7%.
Investimento: R$ 11 milhões
A secretaria da Agricultura, investiu R$ 11 milhões na compra de oito milhões de doses entre as duas etapas. Elas são distribuídas gratuitamente a produtores que se enquadram nos critérios do Pronaf e da Agricultura Familiar e têm até cem animais por propriedade.
Mesmo se comprou ou retirou de graça, o produtor deve comunicar também a quantidade de animais que vacinou. O não recebimento das informações por parte da inspetoria pode fazer com que o rebanho apareça no sistema como não vacinado, estando sujeito a notificações e autuações.