Vale do Taquari – Entidades de classe, lideradas pela Câmara da Indústria e Comércio do Vale do Taquari (CIC) e autoridades, realizarão um protesto na BR 386 no dia 15 de março. A manifestação acontecerá das 9 às 13 horas nos dois sentidos da rodovia em frente ao Posto Laguinho em Estrela.
O objetivo é chamar a atenção da Funai para liberação do trecho próximo a uma aldeia indígena que está localizada às margens da rodovia dificultando a retomada das obras. A primeira reunião aconteceu na semana passada. O protesto acontece mesmo com mau tempo.
Nesse mesmo dia, um comboio de caminhões sairá do local da manifestação em direção a Canoas na região metropolitana na velocidade indicadas na sinalização da rodovia. O objetivo é chamar atenção para a velocidade permitida para o trecho. “Entendemos que em locais duplicados a rodovia comporta a velocidade de 100 Km/h como outras duplicadas do estado, excluindo os trechos urbanos como Estrela e Lajeado. Nesses trajetos a velocidade precisa ser menor”, explica, Ito Lanius vice-presidente da CIC-VT.
A data que cairá em um sábado foi escolhida para que maior número de pessoas possa participar do protesto. A organização espera reunir cerca de 10 mil participantes.
Quem se dirige a Porto Alegre ou quem vem da região metropolitana em direção ao noroeste do estado terá opção de desviar da manifestação. Esses condutores poderão fazer o desvio pela Via Láctea passando por Teutônia, entrando novamente na Rodovia da Produção em Estrela.
Para chamar a comunidade a participar foram criados panfletos, cartazes e Spots para rádio com duração de 30 segundos. O material terá em sua composição as palavras de ordem “Duplicação da BR 386, Libera Já, Vamos pra Estrada”. Com esse chamamento a organização espera sensibilizar o maior número de pessoas possível para o trancamento da rodovia.
Movimentos Sociais
Questionados sobre a inserção de outros grupos ligados a movimentos sociais com objetivos diferentes aos da manifestação usar o protesto para outros fins, os organizadores disseram que se forem ordeiros não haverá problemas.
“Se forem protestar com outros objetivos, porém dentro da ordem, não haverá problema. Nós colocaremos seguranças à paisana para fazer a segurança”, disse o presidente da CIC, Oreno Ardêmio Heineck.
Conforme a presidente do Conselho de Desenvolvimento do Vale do Taquari (Codevat), Cintia Agostini que conversou pessoalmente na semana que passou com o superintendente do Dnit Pedro Luzardo Gomes, uma reunião foi feita entre o departamento e Funai, mas o encontro foi negativo.
“Ele falou para mim que a reunião realizada entre os dois órgãos não obteve êxito. A Funai não está sensível para liberar esse trecho nessas condições”, disse Cintia em relação à conversa com o superintendente.
Ela ressalta ainda que as reivindicações não são e nunca foram contra a aldeia indígena e nem contra os índios, mas sim contra a Funai.
A ideia é realizar uma reunião por semana para acertar detalhes até a data do fechamento da rodovia. Uma comissão também foi formada para tratar desse assunto.
A comissão também visitará os principais veículos de comunicação do Vale do Taquari para divulgar o ato.