Arroio do Meio – Passageiros e proprietários de empresas que prestam serviços de transporte coletivo no município reclamam da situação das paradas de ônibus. Nesta semana a reportagem percorreu os pontos de embarque e verificou as condições de manutenção.
Os problemas encontrados são diversos. Buracos acumulam água nos dias de chuva, prejudicando o embarque dos passageiros. Desníveis no acostamento dificultam o acesso dos coletivos aos abrigos.
Em algumas paradas falta assento e outras estão sujas e com capim alto na frente. Alguns pontos carecem de abrigo e outros estão parcialmente destruídos.
O motorista da empresa de ônibus Arroio do Meio, Sidnei Henz, reclama especialmente da parada no bairro Barra do Forqueta, na ERS 130. Ele diz que nesse local passa uma tubulação subterrânea com problemas, deixando o terreno úmido. O local é perigoso para os veículos pesados. “É preciso fazer uma drenagem nesse local para terminar com o problema. Veículos pesados podem tombar nessa parada”, opina.
Conta que em dias de chuva não consegue encostar no ponto devido à vala, evitando tombar o ônibus e causar uma tragédia. “Muitas vezes o veículo fica em cima da pista de rolamento podendo causar um acidente ou arriscando a perder um espelho”, argumenta.
O motorista Décio Saling concorda. “Essa parada da ERS 130 é muito complicada, pois o veículo fica muito longe fazendo com que os passageiros se molhem em dias de chuva.” Ambos reclamam da falta de assento. “Às vezes idosos precisam esperar a lotação de pé”, observa Saling.
Quanto ao perímetro urbano, a principal reclamação é contra os motoristas de carros de passeio que estacionam nos pontos de ônibus. Conforme o Código de Trânsito Brasileiro (CTB), não é permitido o estacionamento de veículos nesse local dez metros para frente e dez metros para traz.
Usuário concorda
Elias Dornelles Fonseca utiliza a parada de ônibus em frente à empresa Bremil, e diz que as pessoas se arriscam nesse ponto, pois quando está chovendo ou em dias de sol forte, passageiros esperam no abrigo do lado oposto, sentido Arroio do Meio/Lajeado, e quando avistam o ônibus atravessam a rodovia correndo. O ponto no sentido Lajeado/Arroio do Meio não tem abrigo. “A limpeza não é feita, é tudo muito sujo. Também não tem bancos para pessoas idosas, para gestantes e mães com crianças de colo. Falta iluminação o que se torna perigoso para passageiros que desembarcam no período noturno”, diz Fonseca.
Administração se justifica
O secretário de Serviços Urbanos, Erno Nos, diz que a falta de bancos atende a um pedido da população. “Algumas pessoas pediram para que não fosse colocado assento, pois além de ocupar espaço, eles eram usados de forma incorreta. Pisavam em cima deixando-os sujos, muitas vezes de barro.”
Quanto ao ponto de embarque em frente à empresa Bremil, no bairro Barra do Forqueta, o secretário explicou que a base para a construção do abrigo está pronta, mas não foi concluída por um pedido dos empresários. “A Bremil pediu para parar a obra, pois ali é um ponto onde os caminhões que vem no sentido Lajeado- Arroio do Meio param para entrar na empresa, o que prejudicaria os usuários dessa parada”, explica.
Sobre a roçada em frente às paradas na ERS 130 aponta que é responsabilidade da EGR, mas quando o mato está muito alto a prefeitura faz o serviço.