Nesta semana o escritor e colunista do jornal Zero Hora, Fabrício Carpinejar, revelou em depoimento à Revista Claudia da Editora Abril que entre seus pontos prediletos no Rio Grande do Sul está o Restaurante e Café Colonial Stacke localizado em Picada May, às margens da BR-386 em Marques de Souza. Relatou que é um lugar onde “o garçom não te respeita”. “Tu dizes que quer parar e ele continua te servindo.” A propósito, o “Café Colonial” como é tradicionalmente conhecido e que presa pelo excelente atendimento e gastronomia farta, já foi tema do próprio Carpinejar em outra oportunidade, onde se referiu ao local como o Santuário do Riso e da Gastronomia. Diz ele: “Nas árvores, uma placa adverte: “Não dê comida aos macacos”. Observando os galhos, realmente há um bando de macacos, mas macacos hidráulicos. Nos bancos, um outro aviso: “Você está sendo monitorado por câmeras”. É só o visitante sacar sua curiosidade em direção à vigilância e desvendar a verdade: o lugar tem câmeras de pneus espalhadas nos postes. Nos canteiros, um caminho indica que existe criação de mini-porcas. No chiqueiro, porcas de parafuso boiam nas tigelas de ração. Em gaiolas, as crianças podem admirar um casal de pacus. Peixe voando? Não, dois rolos de papel higiênico entre as grades. Na ala do mico, as pessoas sobem por uma longa escada destinada a ter um contato inédito com a natureza e cumprimentar o simpático animalzinho. Ao espiar dentro de um misterioso buraco no tronco, encontrarão a própria imagem refletida no espelho.
Assim pagam literalmente um mico. Toda mensagem tem duplo sentido no divertido restaurante Café Colonial.
– A alegria abre o apetite – conceitua Helena Stacke, 55 anos, uma das gerentes da casa, ao lado das irmãs Marlise, 47, e Loine, 57 e da mãe Ila, 79. As provocações no espaço surgiram da irreverência lírica do comerciante Jorge Luís, antigo proprietário do local, que faleceu de câncer em 2009, aos 38 anos. O público adotou o café colonial como santuário do humor gastronômico. Desde 1970, procissão de fiéis visita o endereço à procura da quebra da rotina e da leveza das charadas.” O cliente não tem razão no Café Colonial, o que ele precisa ter é imaginação, complementa sua opinião. Fica a dica para quem é do Vale do Taquari. Vale a pena chegar ao pé da serra e viver momentos diferentes e ainda mais sem pedágio. A família Stacke colhe os frutos de décadas de trabalho, sempre focados de que os resultados são conquistados diariamente.