Existe na região um expressivo número de produtores de leite que há mais de dois meses estão no aguardo e na ansiedade de receberem as contas de leite, envolvendo empresas, suspeitas, de terem cometido irregularidades, investigadas pelo Ministério Público.
Há informações de que a maioria desses produtores são de pequeno porte, e que, consequentemente, seriam os que mais se ressentem da falta de pagamento do produto entregue às indústrias. Comenta-se que, inclusive, vários agricultores já tiveram que desfazer-se de outros bens para quitar compromissos contraídos por conta da renda obtida com a venda do leite.
Sabe-se também que vários produtores já vêm recorrendo a ações judiciais na tentativa de assegurarem ou buscarem um direito que não deveriam, jamais, ser questionado!
Parece tratar-se de um caso em que os produtores deveriam ter um apoio maior de parte do Ministério Público, mas principalmente de suas entidades classistas. Pois se já se encontram em dificuldades, eles não têm como custear um processo judicial que vai acabar significando um ônus financeiro razoável e certamente insuportável pela maioria dos que hoje se sentem lesados.
Cadastro Ambiental Rural
Volta e meia a gente aborda este assunto porque ele é atual e será de repercussão daqui para a frente, pelo menos até o mês de maio de 2015 que, a princípio, é o prazo para a realização do cadastro em todos os imóveis rurais do país. Sabe-se, de antemão, que esse tempo não será suficiente para o cumprimento de uma tarefa bastante complexa que, em muitos casos, poderá significar em até um dia, ou mais, de trabalho para os levantamentos em apenas uma propriedade.
Nesta semana a AMVAT, em parceria com a Famurs e o Estado promoveram um primeiro treinamento de técnicos municipais, em preparação à implantação do CAR. A iniciativa é válida e importante, considerando a necessidade de se ter os “agentes multiplicadores” do processo em cada Município.
A título de “lembrança”, este Cadastro Ambiental Rural (CAR) tornou-se obrigatório a partir da vigência do novo Código Florestal Brasileiro, com o objetivo de se ter um mapa real de todas as propriedades rurais brasileiras, destacando as reservas florestais e os demais recursos naturais, como as áreas de preservação permanente e permitir, após, o controle dos procedimentos de desmatamentos e outros tipos de exploração do solo.
Parabéns COLONOS e MOTORISTAS!
Hoje, 25 de julho, lembramos, de forma especial, as categorias dos Colonos e dos Motoristas.
Nas demais páginas deste jornal há manifestações alusivas às classes, enfatizando a sua importância e a sua contribuição para o desenvolvimento do município, da região, Estado e país.
Assim como o próprio tempo sofre mudanças, também os conceitos de Colono e de Motorista têm mudado ultimamente. Pois no contexto atual, com a agricultura mecanizada, por exemplo, o colono precisa ter a condição de motorista, para conduzir suas máquinas, suas ferramentas de trabalho senão está sujeito a punições.
Colonos e Motoristas evoluem constantemente, só não conseguindo, ainda, tornar-se independentes, quando se pensa no reconhecimento, na valorização de seu trabalho ou na remuneração de seu produto. Aí, normalmente “os outros” continuam a ditar as regras, não contemplando os interesses e as necessidades de cada qual.