Arroio do Meio – Entre as metas aprovadas para o Plano Nacional de Educação, uma delas garante o acesso à educação básica e ao atendimento especializado, com a garantia de sistema inclusivo na rede regular de ensino. O município está preparado para atendê-la. Desde fevereiro, oito monitoras atuam nas escolas municipais, auxiliando o professor titular na execução do planejamento com alunos especiais. Esse tipo de acompanhamento é pioneiro na região.
O trabalho mudou o pensamento das famílias, conforme contam as coordenadoras pedagógicas Naiara Tres e Marlise Führ. Em 2009, quando a secretaria de Educação começou a caminhada pela inclusão, os pais só queriam uma vaga para os filhos. “Hoje, eles querem que as crianças aprendam, dentro do limite delas, mas que sejam cobradas para se sentirem realmente como parte do grupo”, cita Marlise.
Na sexta-feira, dia 18, a secretaria de Educação reuniu as monitoras para um relato de experiências do trabalho realizado até o momento. As coordenadoras pedagógicas pensaram que ouviriam queixas, mas se surpreenderam positivamente ao ouvir relatos sobre a evolução dos estudantes. “Estamos felizes com o resultado, com a energia positiva. A cada relato percebemos o quanto estão motivadas. É um trabalho de cidadania, de acreditar no ser humano.”
Todas as profissionais têm formação educacional em Magistério ou Pedagogia e foram nomeadas por concurso, exceto uma que atua pelo programa de estágio. “Precisávamos de profissionais com formação, que pudessem dar continuidade.”
Élin Regina Westenhofen, 20 anos, é monitora na Escola Princesa Isabel. Divide o trabalho de 6 horas diárias na turma de Pré-escola A, auxiliando a professora Lizandra, e no Programa Mais Educação, atendendo os alunos no turno inverso ao da aula.
As atividades do Mais Educação são feitas com os 1º, 2º e 3º anos. Os alunos aprendem sobre higienização, alimentação, organização de materiais, etc.
Nas terças-feiras, ocorrem oficinas e há também o trabalho de orientação de estudos, com realização do tema de casa. “É muito interessante perceber as aprendizagens dos alunos através do Turno Integral, desde a autonomia em servir-se de forma independente até as concepções de coletivo e grupo que vem sendo construídas durante as atividades realizadas pela tarde.”
Acompanhamento inclusivo
No município, 46 pessoas são atendidas pela psicóloga, 23 pela fonoaudióloga, 27 têm acesso à sala de recursos, 18 ao Cures e 23 à Apae.