Nesta semana pós encerramento da Copa do Mundo no Brasil, compartilhamos a opinião de Lauro Baum, integrante da diretoria do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Lajeado.
Como brasileiros estamos em treino para o próximo jogo. Seria no mínimo repetir a opinião pública fazer qualquer comentário sobre o resultado da Copa do selecionado brasileiro e a reputação da torcida, em sua grande maioria do nosso Brasil.
Agora que a Copa do Mundo está passada, porém, bem ou mal, preservar-se-á por muito tempo na memória, temos algo a mais para pensar. Se fascinantes volumes de dinheiro público foram investidos para erguer gigantes, pelo menos esses estão aí, onde vão imperar com ou sem uso. Mas, muitas outras obras deixadas para trás e ainda mais esquecidas neste período de copa precisam ser erguidas majestosa e planejadamente para que não se crie mais e outros vexames. Precisamos “obras” na saúde para que as filas não sejam mais demoradas do que foram nos estádios.
Precisamos “obras” na segurança para que toda sociedade se sinta tão protegida e prestigiada como os arredores das arenas e seus turistas.
Precisamos, urgentemente, de “obras” na educação. Apesar da contrariedade dos resultados, o Brasil forma e exporta craques, porém, na educação não foi capaz de formar um único Nobel. Porque? Talvez por vários motivos. Quem sabe, o futebol interessa mais. Nada contra. Sou adepto, mas consciente. Ou, quem sabe, talvez porque é mais fácil contornar a mediocridade do que a cultura.
Nós, brasileiros de qualquer posição do jogo queremos erguer troféus neste campo da vida. Os treinos para uma nova partida já estão em vigor e a grande jogada será dia 05 de outubro. Pensem nisso. Sejam fiéis consigo mesmo e com a nação. Usem a dignidade e a igualdade em jogo neste campo. A oportunidade é igual para todo cidadão, sem importar com a aparência, mas sim com a audácia e o comprometimento.
“O futebol que admiramos, deslumbra. A educação constrói”.