Arroio do Meio – A agência dos Correios no município trabalha com cinco carteiros quando o ideal seriam sete. Eles entregam cerca de 3 mil correspondências por dia. O déficit impossibilita a entrega de correspondências em 30% da cidade.
Os Correios farão um levantamento de junho a agosto deste ano a fim de obter dados precisos sobre a carência de pessoal e equipamentos. “Com isso saberemos o número exato de pessoal e de quanto precisaremos de equipamentos como bicicletas, motos ou quem sabe de mais uma viatura para fazer o trabalho. O levantamento é que vai apontar a deficiência”, disse o gerente da agência local, Flavio Benvegnu.
Conforme ele, vários bairros não são atendidos pelo serviço de entrega principalmente os loteamentos novos, como: loteamento Novo Aimoré, loteamento Sol da Manhã, Alto do Vale, Dona Rita, Nova Bela Vista, Alto do Arvoredo e Loteamento da Barra. Nos locais onde não há entrega as pessoas são obrigadas a retirar a correspondência na agência. Cerca de 300 pessoas precisam recorrer a essa alternativa.
Benvegnu diz que nos últimos anos a entrega de objetos cresceu muito em virtude de as pessoas preferirem fazer compras pela internet. São produtos oriundos de todo o Brasil e até do exterior, como da China. “Nos últimos anos as entregas de sedex vem crescendo muito. Entregamos de tudo, desde roupas até produtos cosméticos. Nos últimos dois anos a demanda cresceu 300%”, calcula.
Moradores reclamam
O operador de máquinas Ezequiel Soares mora na rua Hugo Theobaldo Kalsing, no Loteamento da Barra, e se sente prejudicado. Para ir aos Correios ele precisa sair mais cedo do trabalho ou ir durante o intervalo. Ele costuma ir a cada 15 ou 20 dias para ver se há correspondências em seu nome. “Muitas vezes enfrento fila grande e não tem nada. Nunca faço compras por boleto, pois sei que não temos esse serviço de entrega”, lamenta.
Prática diferente adotou a atendente de farmácia Kelly Benett. Morando dois anos no Loteamento da Barra, ela optou por dar o endereço da mãe, que mora no bairro Montanha, em Lajeado, para a entrega de correspondências. “Vai tudo para a casa da minha mãe, pois sei que aqui eles não entregam.”