Arroio do Meio – Nas últimas semanas a carne suína sofreu fortes reajustes nos supermercados do município. A alta está ligada às sansões econômicas da União Europeia e dos Estados Unidos à Rússia, em decorrência da crise de relações diplomáticas, intensificada nos últimos meses após a tensão envolvendo a região ucraniana da Crimeia.
Os russos, que antes colocavam barreiras sanitárias ao Brasil, abriram mão de certas exigências. Só em agosto mais de cem frigoríficos foram credenciados. As vendas externas do Brasil para a Rússia nos oito primeiros meses deste ano saltaram de US$ 1,972 bilhão, em 2013, para US$ 2,414 bilhões, em 2014.
Com isso, a cotação da carne suína e seus subprodutos subiu expressivamente no mercado interno. O reajuste chega a quase 25% em determinados cortes de carne resfriada. Em média houve um aumento de R$ 2 a R$ 4, por quilo. O pernil está na faixa de R$ 10, o carré R$ 12, e a costelinha R$ 15 – variando R$ 1 para mais ou para menos.
De acordo com o responsável pelo açougue do supermercado STR de Arroio do Meio, Valdir Scherer, as agroindústrias estão operando no limite e já estão com dificuldades de atender os varejistas.
Já o açougueiro do supermercado Marel, Fernando Junken, apura que nunca na história o preço da carne suína esteve tão elevado em comparação com a bovina. “Trabalho em açougues há 15 anos. Estamos vendendo a costela de rês por R$ 11,80, aproximadamente R$ 3 mais barata que a suína”, revela.
Conforme o varejo, o preço da carne de rês se estabilizou e a de frango subiu 5%, também em decorrência do mercado internacional. Contudo, os preços dos cortes para churrasco, de todas as espécies, deverão sofrer reajustes nos últimos meses, tendo em vista o aumento da procura devido às festividades de fim de ano.