A partir de inúmeras manifestações de pessoas que tiveram a oportunidade de participarem do Encontro Regional de Ex-quatroessistas, na quarta-feira desta semana, dia 17, no Clube Esperança de Dona Rita, concedo mais um pouco do meu espaço para enaltecer a importância do evento, proporcionando uma sensação de nostalgia, de saudáveis lembranças, de reencontros emocionantes. Muitos reviveram momentos de crescimento e de formação, retornando, em pensamento a um período, de aproximadamente duas décadas, nos anos de 1960 a 1980, onde a realidade era bem outra.
De testemunhas do grande Evento de quarta-feira, obteve-se relatos de que o maior significado da promoção foi encontrar amigos, entusiastas jovens quatroessistas e líderes que ajudaram a motivar trabalhos, ações e formação de multiplicadores de um verdadeiro trabalho missionário que tantos benefícios traria para a hoje agricultura familiar.
Reitero o que destaquei no meu comentário anterior, sobre o significado dos quatro (SS), que todos os integrantes das organizações comunitárias tinham na ponta da língua. SABER, SENTIR, SAÚDE e SERVIR identificavam o grandioso e magnífico processo de extensão rural, formador de centenas de destacados líderes rurais que muito fizeram e continuam contribuindo para o desenvolvimento do setor primário e de todas as comunidades, especialmente as do interior.
Ao grupo de pessoas que tiveram a iniciativa de organizar e promover o encontro fica o aplauso e, certamente, o reconhecimento de todos os que estiveram em Dona Rita, nesta semana.
“Meu Deus, tive a sensação de ter voltado pelo menos 40 anos na minha vida. Foi bom demais ver lembranças de trabalhos manuais feitos dentro dos Clubes, encontrar amigos e colegas que há muito tempo não tinha mais visto”, revelou uma ex-quatroessista.
UM PLANETA FAMINTO
Impressiona um dado divulgado pela FAO, setor das Organizações das Nações Unidas (ONU), dizendo respeito ao número de pessoas que existem em nosso planeta e que não têm comida suficiente para uma alimentação digna e suficiente. Estimativas indicam para um total de 805 milhões de pessoas que sofrem de fome crônica. Esse dado significa que de cada nove pessoas, uma é faminta.
No Brasil teríamos, segundo o mesmo organismo, em torno de 3,4 milhões de pessoas que não comem o suficiente. É um índice de 1,7% da nossa população total que, pelo percentual representado é aparentemente baixo, mas imaginando o número de indivíduos é, ainda, motivo de grande preocupação.
Consta que em 20 anos, cerca de 200 milhões de pessoas conseguiram sair dessa linha de pobreza e a erradicação deste problema crucial, somente seria alcançada com o aumento da produtividade agrícola, com um maior acesso à terra e outras medidas para promover o desenvolvimento rural.
PLANOS DE GOVERNO
Os debates políticos que estão em andamento nesta reta final da Campanha eleitoral mostram uma convergência muito grande em se tratando de instrumentos de convencimento dos votantes. Saúde, Segurança e Educação concentram as manifestações mais repetidas entre os aspirantes ao governo do Estado e da União e no entender dos candidatos seria o que a população mais deseja ouvir.
Parece que realmente no Rio Grande do Sul este trinômio faz sentido. Pois na saúde há problemas insolúveis. Isso porque o governo federal não investe os 10% que deveria destinar à área. E o governo estadual está agora chegando perto de cumprir uma obrigação constitucional, que é de destinar 12% de sua receita para a área. No setor da segurança, o RS fica muito aquém do número razoável de profissionais nos seus quadros efetivos. Estamos abaixo de 60% do que seria necessário. E na educação, todos conhecem as dificuldades, em termos de recursos humanos e materiais. Não tem sido prioridade para os governantes esta área da educação. Prédios, salas de aula em condições precárias, transporte inadequado, profissionais não valorizados adequadamente.
O eleitor está avaliando. Ele é inteligente e entendedor. Precisa ser respeitado.