Estado – Na quarta-feira, dia 8, os servidores da Justiça Estadual interromperam o atendimento em protesto. A categoria reclama de 2,1 mil cargos vagos, plantões não remunerados, perdas salariais acima de 54%, índices alarmantes de doenças laborais, desvalorização do servidor e precarização do serviço público.
Arroio do Meio aderiu ao movimento. Os computadores ficaram desligados entre 9h e 18h, deixando um disponível para atendimentos de emergência. Os servidores reclamam da concessão de auxílio-moradia de R$ 4.377,33 para magistrados e promotores, pois, segundo ele, são os que ganham mais no serviço público. “Paralisaremos nossas atividades nos cartórios porque a sociedade gaúcha precisa e merece que o Poder Judiciário do Estado do RS opere de forma mais eficiente e qualitativa”, afirma a direção do SindjusRS, coordenada por Marco Aurelio Ricciardi Weber.
O grupo cruzou os braços por 24 horas, respeitando os casos emergenciais nessa data, garantindo 30% do efetivo nos cartórios. “Fomos às ruas dialogar com a população e demonstrar as condições precárias que temos para encaminhar milhares de processos que lotam os cartórios. ”
Conforme o sindicato, o auxílio-moradia dos juízes resulta em menos servidores e consequentemente mais processos parados. A próxima assembleia dos servidores será dia 17, quando algumas decisões devem ser tomadas.
Motivos da paralisação
política salarial permanente de ganho real nos vencimentos;
por um PCS digno;
pela adoção da jornada de 7h;
fim do estorno do auxílio-alimentação e seu reajuste. Querem o mesmo valor pretendido pelos juízes;
remuneração dos plantões;
provimento dos 2.000 cargos vagos de servidores concursados no primeiro grau;
revisão do auxílio condução para os oficiais de justiça e criação de gratificação para o uso de automóvel do profissional.