Nesta semana, durante a programação da Rádio Integração FM de Marques de Souza, conversando com o sindicalista Lauro Baum, que atua junto ao Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Lajeado, ouvimos sua opinião sobre os reflexos negativos na cadeia do leite. Relatou Baum que o Vale do Taquari é referência na produção leiteira e que ela não surgiu por acaso. “Foram décadas dedicadas à melhoria da produção, desde a introdução de material genético de ponta usada nos países desenvolvidos, até a qualificação com orientações no manejo e alimentação, tudo para aumentar a quantidade e a qualidade. A atividade tem altos e baixos como qualquer outro setor. Mas, quando acontecem fatos negativos os reflexos não demoram a fazer o estrago. E que estrago. Para muitas pessoas pode até parecer um fato isolado, mas, o estrago se agrava diariamente e nesse momento já saiu da porteira da propriedade rural, inclusive, passou pela região e Estado. No meio dessa turbulência se encontram muitas famílias que apostaram na atividade como fonte de sustento e contribuição para a economia. O leite começa na propriedade e a partir daí o próprio e seus derivados trilham longos caminhos até que finalmente alcançam os cofres públicos.
É neste momento de dificuldade provocada no setor que sentimos a fragilidade da cadeia. As famílias estão dedicadas integralmente, sem exceção para feriados, finais de semana ou direito a férias. Destas, agora, uma parcela muito grande vive a angústia por não receber a recompensa justa pela produção fornecida. A sociedade urbana, por sua vez, ao consumir esse leite ou derivados pode fazer sua reflexão “será que aquele produtor, na ponta inicial da cadeia já recebeu pela matéria prima que originou o alimento que estou consumindo?”. É uma contribuição no mínimo importante para solidarizar com essa classe que sofre injustamente pelos atos ilícitos causados por uma minoria pessimamente intencionada.” Assunto bem abordado e que interessa à todos.