O Ministro da Agricultura, Neri Geller, que recentemente visitou a China, retornou com otimismo, quanto ao futuro do intercâmbio comercial com o país asiático, no que diz respeito à exportação de carne bovina.
Em 2012, a partir de uma mera suspeita da ocorrência de um surto da doença, então denominada de “vaca louca”, os chineses barraram a entrada do produto brasileiro. E a expectativa é de que até a metade do próximo mês de dezembro as portas de um grande mercado consumidor estejam reabertas.
Fala-se em volumes de produto e de divisas bem acentuados e significativos para a economia brasileira, interessante, sobretudo, para uma atividade do agronegócio nacional em que nós temos um elevado padrão de qualidade e uma boa capacidade de expansão, graças às condições naturais, com espaço físico e as características climáticas favoráveis.
SAFRA DO TRIGO FRUSTRANTE
O rendimento e especialmente a qualidade do trigo produzido nessa última safra são motivos que frustram os produtores. As condições do clima não contribuíram para que os resultados fossem ao menos satisfatórios.
Pelo que se sabe a produtividade ficou muito aquém do esperado, apesar de que os triticultores tenham feito altos investimentos na atividade, como a aquisição e aplicação de insumos. Muitos desses, através de suas entidades classistas já formalizaram reivindicações aos órgãos governamentais, no sentido de que os seus financiamentos tenham um tratamento especial, como condição para não restarem consequências ainda mais desastrosas. Levantamentos feitos indicam prejuízos que são estimados em cerca de R$ 1.260 por hectare, considerando ainda a diminuição do preço em 36%, comparado com a safra anterior.
Houve uma época, décadas passadas, em que a cultura do trigo registrou avanços tecnológicos bem interessantes. A adoção de variedades novas, o aumento da produtividade, novas técnicas de plantio e de colheita. Mas gradativamente esse quadro foi piorando, muito em razão de o governo federal não demonstrar maior interesse em adotar uma política de apoio à cultura, talvez e possivelmente porque existem acordos para importações do cereal, de países vizinhos, onde interesses de grupos entram em jogo.
Em outras oportunidades já comentava sobre a incoerência quanto ao tratamento e à valorização que os órgãos oficiais dão à nossa produção de trigo. Permitem que o produto tão nobre para a alimentação humana seja destinado para a transformação em ração animal. O preço do trigo custa menos do que o milho.
Da forma como a cultura do trigo está sendo conduzida atualmente, não será surpresa se amanhã ou depois não encontrarmos mais quem queira investir nessa lavoura.
DEBATE SOBRE O PROCETUBE
De iniciativa da Câmara de Vereadores de Arroio do Meio, por solicitação do vereador Rocha, está sendo programado um encontro para debater e esclarecer aspectos do Programa de Combate e Erradicação da Tuberculose e Brucelose. A intenção é reunir a Secretaria Estadual de Agricultura e Pecuária, Fundesa e a Coordenação do Programa Piloto em desenvolvimento na Comarca de Arroio do Meio.
Já há uma data previamente agendada, podendo isso ocorrer no dia 02 de dezembro, devendo estar presentes os membros do Conar, além dos vereadores e de produtores interessados em participar.
Dentre vários aspectos a serem esclarecidos está o fato de os produtores que tiveram testes positivos em seus rebanhos recentemente, terem sido impedidos de acompanharem o abate dos animais “condenados”, para conferirem em que estado eles estavam.