Tramita na Superintendência de Programas Especiais (SPE) do Departamento Autônomo de Estradas de Rodagens (Daer), o pedido de anexo no projeto do asfaltamento da ERS-482 para readequação do tratamento superficial que será adotado na pista.
A colocação de uma nova sub-base de rachão e brita graduada, que antecede a compactação, ainda depende da conclusão do estudo de contagem de tráfico feito pela empresa Serviços Técnicos de Engenharia (STE), que vai indicar as dimensões e a quantidade de material. Após isso será aplicada a camada de CBUQ (pinche), que não constava no projeto inicial do fim da década de 1990.
Com isso, a execução dos 30% do trajeto de 16,53 quilômetros, subcontratados pela Construtora Giovanella, irão até onde foram concluídas a drenagem e a colocação de brita grossa (rachão), na última semana em Arroio Grande – a contar de 4,1 km da ERS-130.
Outro avanço foi o início das tratativas com os moradores das áreas lindeiras, para discutir o traçado que será adotado na intersecção da rodovia com a estrada geral. De acordo com o engenheiro superintendente da 11ª Superintendência do Daer, Luciano Faustino e o engenheiro fiscal da Giovanella, Ângelo Prediger, a construção de uma nova ponte será adiada. Está em estudo uma permuta de área com a família Linck, aproveitando a ponte antiga.
Segundo Faustino e Prediger, a medida paliativa vai diminuir o custo em 20 vezes, uma vez que a construção da ponte oficial que consta no projeto foge do orçamento repassado à empreiteira e do fluxo de caixa do governo estadual. Outro empecilho é a demora do trâmite de licenciamentos ambientais, abertura de licitações e assinaturas de contratos, que no caso de pontes necessitam de um projeto adicional, podendo levar uma década.
No futuro, um vão de 61 metros eliminará curvas, atenderá as exigências de segurança e a via não será afetada por cheias. Porém, o traçado vai culminar em desapropriações que atingem mais famílias. Contudo, o assunto só voltará a ser discutido dentro de algumas décadas, quando o RS recuperar a capacidade de investimentos.
Nas próximas semanas os engenheiros vão apresentar um levantamento de impactos ambientais do Corpo de Apoio Técnico (Cat) para a família de Inácio Linck, que emprestará parte da área ao Daer, permitindo a continuidade do asfaltamento.