O tópico da minha coluna da semana passada “DENÚNCIA A SER INVESTIGADA”, foi bastante comentado a partir da circulação da edição do Jornal AT na última sexta-feira.
Quero apenas, para fins de esclarecimento, reafirmar o propósito do comentário feito, pois tinha informações, de fontes confiáveis, de que agricultores, de várias localidades, haviam sido contatados e sendo dito aos mesmos que ao não realizarem os testes, do Programa de Tuberculose, perderiam o direito a qualquer benefício ou incentivo de parte do município. O alerta feito sugeria uma investigação.
Curiosamente, no último domingo, o fato mencionado foi mais uma vez confirmado, pessoalmente, por um produtor que disse ter sido procurado durante a semana anterior, relatando, de forma minuciosa, os argumentos que lhe teriam sido aplicados, não deixando de demonstrar a sua inconformidade com a atitude de desrespeito e de falta de ética de um profissional.
RECOMPOSIÇÃO DO CONAR
Nos próximos dias deverá acontecer a posse dos novos conselheiros do Conselho Agropecuário de Arroio do Meio – Conar, com a renovação de alguns representantes e a permanência de outros, já com experiência e identificados com as importantes tarefas de um órgão que concentra as preocupações e as metas do setor da produção agropecuária.
Devemos destacar a disposição e o desprendimento dos líderes rurais das comunidades representadas no Conselho, pela contribuição que, certamente, darão ao setor que tem uma importância econômica e social relevante.
Todavia há a constatação, cada vez mais evidente, de que diminui ano a ano o número de produtores rurais que se dispõem a assumir funções de liderança. Os mais experientes consideram-se substituíveis e não existe um número expressivo de jovens que permanecem no meio rural.
Quem bom que existem agricultores motivados e que aceitam compor um Conselho que tenta preocupar-se com interesses coletivos. É um gesto grandioso, mesmo que cada qual saiba tratar-se de uma missão de grande responsabilidade.
PARA O SUASA FUNCIONAR…
Já tendo completado vários aniversários, o Sistema Único de Inspeção ou de Sanidade Animal, não conseguiu sair do papel.
No mês de maio último o Ministério da Agricultura editou uma Normativa, propondo mudanças no Sistema, a partir de atribuição de competências aos Órgãos de Fiscalização dos Estados. Na lista dos Estados classificados de aptos para coordenarem o desenvolvimento e a efetivação do Suasa, constam Goiás, Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Os demais continuariam a depender das decisões do Ministério da Agricultura.
Um detalhe, porém, pertinente a possíveis mudanças é o que diz respeito aos profissionais credenciados para realizarem as atividades de fiscalização nos estabelecimentos industriais ou agroindústrias. Fala-se na habilitação de “técnicos”, não identificando, com clareza a sua qualificação.
Essa dúvida gerada já está motivando a categoria de médicos veterinários a tomar uma atitude de discordância, por entenderem ser uma atribuição de muita responsabilidade, vinculada diretamente à saúde pública.