Rio Grande do Sul – As chuvas excessivas em julho e o veranico atípico registrado na virada e primeiras semanas de agosto comprometeram o desenvolvimento das culturas agrícolas de inverno. Tanto o trigo, quanto a cevada, precisam de temperaturas amenas e clima seco.
A safra só não está 100% comprometida, porque o calor e a umidade não ocorreram simultaneamente. Além disso, o frio na etapa final da germinação e o tempo seco durante a colheita podem ser decisivos nos resultados, que ainda podem ser satisfatórios, relata o assistente técnico da Emater/Ascar, Alencar Paulo Rugeri.
Em 2014 a colheita de cevada no Estado, que é o principal produtor do país, caiu pela metade. Passou de 3,3 milhões de toneladas para 1,6 milhão. Com isso, as indústrias cervejeiras tiveram que triplicar a exportação do grão da Argentina. O mesmo ocorreu com o trigo.
O agravante dessa temporada é a supervalorização do dólar, que subiu 50% no acumulado dos últimos 12 meses, passando de R$ 3,54, e o aumento da demanda em decorrência do crescimento de microcervejarias. Com isso, a tendência é de que haja inflação acima da média no preço da cerveja no verão.
No município não há plantio de cevada. No Estado os principais produtores estão situados no Noroeste e Planalto.