O Ministério da Agricultura (governo federal) lançou nesta semana, em Brasília, o Programa denominado de Leite Saudável, com o propósito de incentivar 80 mil produtores, melhorar a competitividade e triplicar as exportações. Segundo informações, o Programa deverá dispor de recursos financeiros na ordem de 387 milhões de reais, no período de 2015 a 2019.
A implantação do Programa volta-se para a assistência técnica, melhoramento genético, política agrícola, sanidade animal, qualidade da produção, marco regulatório e ampliação de mercados nos estados do Rio Grande do Sul, Goiás, Paraná, Minas Gerais e Santa Catarina, que juntos respondem hoje por 72% da produção nacional de leite.
No estado do Rio Grande do Sul serão envolvidos em torno de 18 mil produtores, situados em 132 municípios, sendo priorizados os que têm uma produção entre 50 a 200 litros de leite por dia. Esses receberão treinamentos e insumos para saírem da produção média de 7,94 litros-dia para 16 litros de leite por animal, por dia, visando o ingresso em novos mercados externos como Rússia e China.
A nossa região do Alto Taquari não está inserida neste projeto lançado. Mas de forma indireta os produtores poderão ser atingidos a partir do fato de adotarem os mesmos instrumentos ou mecanismos que os produtores das regiões contempladas estarão utilizando, como fator de estímulo e de tecnologia, visando qualidade e produtividade na atividade.
Licenças ambientais
A partir da circulação da edição do AT da semana anterior, dia 25, novas e inúmeras manifestações tenho recebido, algumas em forma de questionamentos, sobre o tópico ou comentário acerca das licenças ambientais para a atividade de produção de leite.
Busquei mais algumas informações em outros municípios da região quanto aos valores cobrados, em forma de taxas para a concessão das licenças. Sem mencionar as localidades, existem casos em que os valores das três licenças, juntas, não passam de R$ 80. Há outras situações em que as taxas são um pouco mais expressivas, mas não encontrei números próximos aos que estão sendo aplicados no nosso caso.
Em especial os produtores que buscam financiamentos bancários precisam atender às exigências das licenças e repito que não constatei nenhuma situação de contrariedade às licenças, mas tão somente as contestações aos valores das taxas, que podem ser fixadas e determinadas pelos respectivos municípios.
Sabe-se que os dejetos bovinos, especificamente do gado leiteiro, possui um grau de poluição igual aos de outros rebanhos. Sem demora deverão ocorrer ações no sentido de fiscalização do trânsito ou permanência de animais em córregos ou arroios, como habitualmente acontece, em grande parte das propriedades rurais, onde acabam “contaminando” a água através da urina e dejetos.
A qualificação das atividades produtoras, no setor da agropecuária, passa por essas situações. E a consciência ambiental precisa existir, sob pena de um comprometimento, irreversível, dos recursos naturais para as gerações futuras.
Aumentos – pão e combustíveis
A situação vivida atualmente exige que nos ocupemos cada vez mais com as preocupações relacionadas à economia. Confirma-se agora que de fato há uma insegurança nas políticas econômica e financeira. E as notícias da semana, nessa esfera, dão conta de que o preço do pão poderá aumentar até cerca de 20%, porque importamos 60% da farinha utilizada na fabricação do pão e o seu preço é “dolarizado”.
E a mais recente notícia, surgida de noite para o dia (quarta-feira), versa sobre um novo aumento nos preços dos combustíveis. Surpresa geral, insatisfação total, ainda mais sabendo que se trata de um “assalto” a todos os consumidores, chamados a ajudar a cobrir os “rombos” do caixa da União, dilapidado pelas campanhas eleitorais e atos de corrupção espraiados.