Arroio do Meio – O serviço de tele-entregas está cada vez mais presente na rotina das empresas e cidadãos. É um segmento que agiliza a coleta e a distribuição de diversos produtos, que vão desde a peças e documentos à refeições e medicamentos, evitando deslocamentos e proporcionando a comodidade dos contratantes.
Há inúmeros setores usufruindo destes profissionais. Pode se considerar, que hoje é inconcebível uma cidade sem motoboys. É uma categoria que enfrenta o trânsito e todos os perigos que daí advém. Por isso desde 2015 existe uma regra que garante um adicional de 30% de periculosidade na remuneração destes profissionais.
No município, segundo estimativas da secretaria de Indústria, Comércio e Turismo, há pelo menos cinco profissionais atuando nessa área. No entanto, até o momento ainda não há empresas com cadastro específico na finalidade.
Em abril de 2013 foi sancionada uma Lei Municipal 3.168/2013 que regulamenta o serviço remunerado de transporte de mercadorias com entrega e coleta mediante utilização de motocicletas, motonetas e triciclos, denominado motofrete. Porém, apenas dois interessados teriam procurado o departamento de Trânsito para orientações quanto a colocação de placa vermelha na motocicleta, equipamentos específicos e realização de cursos de qualificação no Sest/Senat.
De acordo com a fiscal tributária da prefeitura Roseli Gatti, a maioria são comerciantes ou prestadores de serviços, que tem o motofrete como atividade secundária. “Os que atuarem sem alvará serão notificados para que busquem a regularização”, observa.
Oportunidade de faturamento
Há 18 meses, o ex-frentista Ivan Ziem, 28 anos, abriu uma empresa de coletas e entregas. Seu faturamento praticamente quadruplicou. “Em média atendo 25 chamadas por dia. Rodo cerca de dois mil quilômetros por semana. Rotas até o Vale do Rio Pardo, Serra Gaúcha e Região Metropolitana fazem parte da rotina. É preciso estar bem acordado e atento. E ter muita calma. Não dá para atender Deus e o mundo”, dimensiona.
Desde que atua no motofrete, Ivan, já sofreu quatro acidentes com ferimentos leves. Entre os principais setores que atende estão: coleta e entrega de peças para oficinas e delivery. “À noite, para atender restaurantes e lancherias conto com a ajuda de autônomos. Pago o aluguel das motocicletas e as diárias”, revela.
O proprietário de uma oficina de motocicletas, Jurandir Gerhardt, 30 anos, do bairro Dom Pedro II, também atua com serviço de motofrete. Antes de abrir o próprio negócio, atuou numa empresa de teleágua em Lajeado. “Em média, rodo mil quilômetros por semana. Atendo toda a região sul. A demanda está aumentando e por isso será necessário aumentar a frota”, observa.
Jurandir também atende segmentos delivery, oficinas, faz cobranças para empresas e serviços de banco. Entre os acidentes que sofreu, dois foram de maior gravidade, quando precisou de licença até se recuperar.
Taxas cobradas:
– No município e microrregião: de R$ 5 à R$ 15, de acordo com a tabela de distâncias, se o estabelecimento mantém vínculo fixo de tele-entrega.
– Em trajetos mais compridos: a partir de R$ 0,50 por km rodado + outros indexadores como o custo da gasolina.
Itens obrigatórios:
– Curso de motofrete
– Caixa refletiva
– Antena corta fita/cerol
– Mata-cachorro
– Colete refletivo
– Capacete refletivo
– Placa vermelha
– 21 anos idade e mínimo de dois anos de CNH A