O Programa Estadual “Troca/troca” de sementes de milho está registrando um atraso neste ano. Até este momento os municípios ainda não receberam as sementes, embora já estejamos praticamente ingressando no mês de agosto, quando normalmente os produtores já fazem o primeiro plantio, dependendo das condições climáticas.
As justificativas para a mudança do calendário de fornecimento das sementes indicam para as dificuldades de “acerto” entre o Estado e as empresas fornecedoras, em consequência dos problemas financeiros da secretaria de Agricultura que já no ano passado não conseguiu honrar, com pontualidade, os compromissos financeiros, em relação às contas pendentes.
Além do fator do atraso, verifica-se neste ano a possível ausência de variedades de cultivares bastante utilizados em outras safras, diminuindo as opções dos produtores que muito bem conhecem as espécies que melhor se adaptam às suas necessidades ou escolhas. Tais circunstâncias poderão resultar em um duplo prejuízo, qual seja o retardamento do plantio e colheita mais tarde, além da possibilidade de uma diminuição na qualidade da produção.
Apoio à fumicultura
A vinda do Ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Blairo Maggi, à região produtora de tabaco ou fumo, no último dia 20, acabou trazendo um novo ânimo aos agricultores que atuam nessa atividade.
Tanto em Venâncio Aires quanto em Santa Cruz do Sul, o Ministro pôde verificar a importância econômica e social da cultura do fumo, ouvindo produtores e visitando após modernas indústrias transformadoras da produção e que durante décadas constituem-se em geração de renda e de emprego.
Destaco como sendo interessante a manifestação de um produtor de tabaco em Venâncio Aires, afirmando que o fumo rende oito vezes mais do que qualquer outra cultura na mesma área de terras.
Sem entrar no mérito da questão relativa às campanhas contra o consumo do fumo, a nível mundial, por razões de prevenção à saúde, o hoje Ministro da Agricultura afirmou que o atual governo tem uma ideologia e, portanto, uma postura diferente do anterior em relação ao assunto.
Estado exporta mais e fatura menos
Segundo dados da Fundação de Economia e Estatística, o Rio Grande do Sul teve uma evolução positiva no primeiro semestre deste ano, considerando o volume de exportações, com destaque para produtos do agronegócio. Contribuíram para este dado os embarques de soja, representando em torno de 25% do total, e o setor de carnes (frango, suíno e bovino).
Em contrapartida, os valores dos negócios realizados, apesar do aumento do volume (toneladas), ficou no nível do registrado no mesmo período de 2010, com uma queda de 4,4%, se comparado com o primeiro semestre do ano anterior. Isso mostra que os produtos brasileiros (gaúchos) se tornaram mais baratos, ao nível de mercado mundial, tendo esse fato a ver com as variações do câmbio, ou o dólar que tem recuado a um patamar bastante reduzido.
Os esforços de se buscar novos mercados, sobretudo para a carne, são um tanto neutralizados pelo menor preço obtido.