Arroio do Meio – Animação, alegria, jovens e a palavra de Deus. Nos dias atuais a combinação não é uma das mais prováveis, mas um grupo de 40 jovens comprovou que isso é possível sim. Das 19h de sexta-feira até o final da tarde de domingo, eles participaram do 1º Retiro de Jovens Amigos do Amor Fraterno (Rejaaf), realizado no Seminário Sagrado Coração de Jesus, de Arroio do Meio.
No período, os jovens ligados à Paróquia São Cristóvão, de Lajeado, e com idades entre 13 e 17 anos, permaneceram desconectados do mundo, conectando-se consigo mesmos e com Deus. O retiro esteve sob coordenação do casal Vanda e Luiz Branquer, de Lajeado, e abordou três temáticas: o jovem no mundo, o jovem e a família e o jovem e a igreja.
A experiência realizada no final de semana resulta de um trabalho que vem sendo realizado há vários anos em solo catarinense. Quando ainda residiam em Camboriú, Vanda e Luiz tiveram a oportunidade de conhecer e participar do projeto Jovens Amigos no Amor Fraterno. No Vale do Taquari deram sequência ao aprendizado, trabalhando com jovens da sua comunidade e agora, coordenando o 1º Rejaaf.
A ligação com a origem é grande. Tanto, que um grupo de 26 pessoas – três casais e 20 jovens – oriundo de Camboriú, participou ativamente do retiro. Inclusive, a banda Hiron, que animou as atividades. Entre os pais que vieram de Santa Catarina, a aprovação do projeto é unânime. Muitos já participavam dele na juventude e sabem da importância que tem para a formação dos filhos. Os jovens também aprovam, dizem que a experiência é gratificante e extremamente positiva.
Jovens precisam se apaixonar por Jesus
Para o frei Flávio Guerra, que acompanhou e palestrou no retiro, é preciso fazer com que os jovens se apaixonem por Jesus. Destaca que há inúmeras formas de distração e que, por isso, há uma certa dificuldade do jovem ir para a igreja. “A finalidade (do retiro) é de que estes jovens sejam tocados, se apaixonem por Jesus e despertem para a solidariedade para com todos”, frisa.
Frei Flávio defende que a igreja deve dar espaço para os jovens, ouvi-los, oportunizar retiros, encontros e atividades das quais eles gostem. “O primeiro grande passo é acolhê-los como jovens, deixar que eles façam do jeito deles, apoiar para que eles sejam os sujeitos. Dar liberdade para que tenham o protagonismo. Uma liberdade acompanhada, em consenso com as orientações da igreja”, afirma. Neste sentido, destaca que a música é fundamental, pois mexe com o sentimento, o corpo e a mente dos jovens, resultando num maior envolvimento.
Frei Flávio também destaca que foram vários encontros até que a programação do retiro estivesse concluída. A proposta vinha sendo debatida há meses, foi apresentada em reuniões e todos os detalhes foram carinhosamente pensados. Desde a identificação da equipe de trabalho, até as mensagens que ganhavam as mesas durante as refeições.
Depois de dois dias de intenso contato com a palavra de Deus, os retirantes encerraram a programação participando de uma missa realizada na igreja São Cristóvão de Lajeado. Para os que participaram, a certeza de que algo mudou a partir desta experiência. Aos demais, a vontade de ter a oportunidade de viver esta experiência.