Na pequena cidade de Forquetinha, com cerca de 2.500 habitantes, começou na última sexta-feira mais uma Weihnachsfest que segue até o dia 26 com programações diversas. É a sexta edição da festa, realizada no Parque Cristoph Bauer, há cerca de dois quilômetros da cidade. O parque que sedia diferentes eventos durante o ano torna-se nesta época do Natal, um ponto de encontro para as famílias de Forquetinha e visitantes.
Com ampla infraestrutura, um restaurante e uma pizzaria em funcionamento para jantar e almoçar, o parque encanta pela beleza arquitetônica que segue a cultura germânica pelos diferentes salões e monumentos que homenageiam por exemplo o caixeiro viajante, a vovó com suas receitas, Grossmutters, Reszepte; os músicos de Bremen, as amigas Mari un die Greet; Märchen Welt, Mundo das Fadas, com painel onde as crianças podem tirar as fotos, excelente espaço para receber crianças das escolas e ouvir os clássicos da literatura infantil. Entre as práticas da colonização alemã chama atenção a recriação de um estábulo com a vaca, terneiros, porquinhos. Todos os monumentos e suas tradições estão descritas em alemão e traduzidas para o português , uma verdadeira aula de cultura.
Neste Natal são mais de 40 cenários distribuídos pelo bem cuidado parque que é atração turística durante o dia, mas também à noite quando as luzes se acendem. Na entrada há um Papai Noel gigante e até chegar ao local, pelas ruas da cidade, percebe-se que a população também entrou no espírito natalino com casas enfeitadas e bem preservadas.
Na última sexta-feira à noite o prefeito de Forquetinha, Waldemar Richter que encerra o seu segundo mandato e que foi o primeiro prefeito da cidade fez a apresentação da programação natalina e falou um pouco sobre a dificuldade, realização e alegria da construção de uma identidade própria para a pequena cidade que hoje começa chamar a atenção, não só na região mas também de turistas de todo o Brasil. “No começo não foi fácil. Era difícil para as pessoas entenderem que dava para transformar a cidade num ponto turístico e que ao longo do tempo poderíamos agregar mais valor. Visitei muitas cidades e vi que o emprego está nas cidades pequenas. Idealizamos este projeto pensando na cultura e valores dos nossos antepassados e pensamos no futuro das nossas crianças e jovens para que tivessem emprego, para que pudessem se orgulhar da sua terra. Que tornassem Forquetinha um lugar especial. Muitas pessoas pensam só no imediato. Mas o conceito de turismo deve ser pensado e bem planejado. Leva um tempo. Agora podemos agregar outras fontes de renda através de agroindústrias e artesanato por exemplo”.
