Todos os finais de ano têm certa semelhança. Festividades, expectativas, votos de muita saúde, de progresso, de bem-estar, empregos, sucesso nos negócios e nas atividades profissionais.
Logicamente, a novidade da recente “virada” foi a posse dos políticos, escolhidos no processo eleitoral de outubro do ano anterior. Prefeitos, vices e vereadores, além dos demais agentes políticos como secretários e assessores, assumiram os encargos das administrações municipais, envoltos em grandes incertezas e previsões não otimistas, pensando na economia brasileira, nas responsabilidades dos novos governantes em atender as demandas de suas comunidades.
O cenário político brasileiro, com certeza, continuará a prender a atenção da população, na esperança de uma mudança profunda no comportamento daqueles que estão investidos em cargos públicos e de responsabilidades e empresários de setores vulneráveis à corrupção e desvios de conduta.
É evidente que, em proporções menores, também ao nosso redor, esperamos que diminuam os casos de uso indevido de recursos públicos, comuns, em benefício de privilegiados. Caberia a cada cidadão, a cada eleitor, exercer o papel de fiscalização, mas com os comportamentos habituais e as ações praticadas, essa tarefa torna-se muito difícil. Infelizmente as nossas esperanças esbarram na constatação de que atitudes de corrupção estão muito encrustadas nos hábitos dos eleitores que continuam negociando seus votos em troca de favores. Analisando manifestações que ainda hoje se escuta, em que cidadãos vangloriam-se de ter conseguido “um bom dinheiro” na campanha, ficamos frustrados quanto ao processo de efetivas mudanças, para melhor.
Costumamos dizer que “os exemplos têm que vir de cima”. Mas quando o povo (não generalizando…) assume uma postura inadequada, não temos moral para condenar os que estão lá, na parte superior da pirâmide.
Agricultura 2017
Este novo ano começa relativamente bem para os produtores rurais, seja o segmento da agricultura familiar, como os demais. O clima mostra-se favorável para o desenvolvimento das culturas de verão, especialmente do milho. A ocorrência de chuvas está a contrariar as previsões de alguns meses atrás. As cadeias do suíno e do frango conseguiram uma expansão nos seus volumes de exportação. Os mercados de carne cresceram, tanto em países asiáticos, europeus como da América Latina.
O setor de produção de suínos está aguardando uma decisão do governo de Estado, em relação à redução da alíquota do ICMS na venda de suínos vivos para outros estados brasileiros. A continuidade da medida pode ser anunciada nos próximos dias e é esperada pelos produtores e integradoras porque é uma forma de equilibrar as condições de concorrência com os suinocultores de outras regiões.
Um pequeno alívio também se fez sentir na produção leiteira. Os custos de produção deram uma estagnada e o preço do produto reagiu um pouco no final do ano encerrado. O aumento de oito a 10 centavos por litro de leite reascendeu o ânimo dos produtores, não a ponto de comemorarem, mas no sentido de vislumbrarem uma pequena luz ali na frente.
Nos discursos de posse de todos os novos prefeitos da região, o grande foco foi a redução de despesas, o enxugamento da máquina, o controle financeiro. Todos eles preveem arroxo, diminuição de receitas, menos recursos. Essa preocupação devemos levar em consideração, uma vez que programas de incentivos aos agricultores possivelmente serão revistos e os cortes poderão atingir este importante setor produtivo, com uma expressiva participação na geração de renda de todos os municípios.