Arroio do Meio – Uma reunião para discutir o desenvolvimento econômico, industrial e comercial do eixo Rui Barbosa-Forqueta foi realizada na segunda-feira, dia 30, na sede da Acisam. Empresários, líderes comunitários do eixo e autoridades municipais participaram da reunião que teve como objetivo buscar alternativas de renda para a população, bem como a prospecção de futuros negócios com a instalação de empresas e estabelecimentos comerciais.
A vice-prefeita Eluíse Hammes lembra que a preocupação dos moradores desses bairros foi constatada ainda na campanha eleitoral, quando visitavam as residências do distrito e do bairro. Observou que a temática deve ser focada no desenvolvimento econômico do eixo Rui Barbosa-Forqueta, que deve ter como princípio básico o desenvolvimento equilibrado e diversificado. “Na campanha eleitoral as pessoas nos relataram suas angústias e preocupações. E hoje estamos dando o primeiro passo na busca por uma solução”, disse.
O presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Arroio do Meio, Lair Fritzen, destacou a importância da implantação de políticas públicas para o desenvolvimento do eixo. Lembrou que foi o Rui Barbosa que escolheu para morar, criar a família e trabalhar. Já o presidente do Legislativo, Paulinho Volk, colocou a Câmara de Vereadores, bem como a si próprio à disposição das duas comunidades no intuito de encontrar alternativas econômicas para alavancar o bairro.
O prefeito Klaus Werner Schnack ressaltou que o objetivo é unir as duas comunidades com a força que possuem. Lembrou da perda da fábrica de calçados Majolo, a qual gerava renda e emprego para várias famílias da localidade e da migração das famílias para outros bairros como São Caetano e Aimoré. “O eixo Rui Barbosa-Forqueta precisa de atenção, para que não tenhamos um desequilíbrio dentro do município, pois muitas famílias estão migrando para bairros mais desenvolvidos. Não podemos abandonar essas comunidades”, ressalta.
Por outro lado, observou que além da implantação de políticas públicas, a solução pode sair de empreendedores da própria comunidade. “Precisamos criar linhas que possam regrar o desenvolvimento e incentivos para empresas que queiram se instalar nesse eixo. Precisamos criar um espírito de ajuda mútua, atraindo parceiros que buscam soluções conjuntamente”, observa.
Nos momentos finais, empresários e líderes dos dois bairros abordaram os principais problemas encontrados no eixo e apontaram algumas soluções que podem ser adotadas para alavancar o desenvolvimento econômico. Citaram a falta de uma creche, problemas na rede de energia e a precariedade no sistema de comunicação móvel e fixo. “Como vamos atrair uma empresa, se nem telefonia móvel de qualidade temos? Há muitos pontos cegos, uma empresa busca praticidade”, disse um empresário. Outro empresário citou a pavimentação do trecho de seis quilômetros que liga Arroio do Meio a Travesseiro como um incentivo para indústrias se instalarem no local.
Outra moradora defendeu o eixo Rui Barbosa- Forqueta dizendo que os bairros possuem condições e atrativos para várias indústrias se implantarem, com comunidades organizadas e mão de obra qualificada. “Atrativos temos de sobra”, ressaltou.
O presidente da Acisam, Adailton Cé, ressaltou a importância de atrair indústrias para esses bairros que consequentemente alavancarão o desenvolvimento econômico do eixo. Incentivou a comercialização de áreas de terras para a instalação de indústrias. Entretanto chamou a atenção para os preços dos imóveis que devem ter um valor comercial. Palavras endossadas pelo prefeito Klaus. “Nenhuma empresa pagará um preço exorbitante por uma área de terras. O preço deve ser compatível”, observa o prefeito. Uma comissão composta por líderes das comunidades e autoridades municipais foi formada com o objetivo de defender os interesses de Rui Barbosa e Forqueta.