Repetindo uma prática de longo tempo, talvez algo em torno de 30 anos, quero destacar a realização da 40ª edição da Romaria da Terra, ocorrida na terça-feira desta semana, Dia de Carnaval, como anualmente acontece, sob a organização da Comissão Pastoral da Terra (CPT).
Segundo relatos, uma multidão de mais de 10 mil pessoas foram até o município de Pontão, onde localiza-se o assentamento de agricultores, em área conhecida como Fazenda Annoni, que é uma marca na luta do MST pelo acesso à propriedade, lembrando dos episódios e conflitos ocorridos na década de 1980, mais precisamente no dia 29 de outubro de 1985, data que registra a primeira ocupação organizada pelo Movimento dos Agricultores Sem Terra.
O tema da Romaria deste ano foi “Romaria da Terra: 40 anos de luta e memória das conquistas”, enquanto o lema do evento dizia “Terra de Deus, terra de irmãos”.
Nessa antiga Fazenda Annoni vivem atualmente em torno de 400 famílias organizadas em comunidades, com escola de Ensino Médio, cursos técnicos e inclusive Ensino Superior. Mas a grande ênfase é dada à utilização da terra, com produção diversificada em áreas que anteriormente serviam basicamente para criação de gado.
Campanha da Fraternidade
Passado o carnaval, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, CNBB lança a Campanha da Fraternidade deste ano, no Tempo da Quaresma, falando de um tema voltado à preservação da vida e da natureza. Ouviremos seguidas referências ao termo “Bioma”, significando um conjunto de características e de valores naturais de uma determinada região, incluindo ingredientes da natureza, água, terra, vegetação, animais, clima, tudo isso relacionado às ações do ser humano.
A preservação e a proteção dos Biomas tem uma destacada importância no sentido de assegurar a sobrevivência da natureza em si, bem como dos seres vivos, em uma harmonia e com qualidade de vida.
A terra e os bens naturais têm uma nobre função, diferente do uso que muitos lhe atribuem, explorando-os com o intuito de obter ganhos e lucros materiais.
Enfim o ano começou…
É claro que se trata de uma força de expressão, mas para a maioria dos brasileiros o ano toma o seu efetivo rumo, passadas as férias, as festas, o relax, que são mais frequentes nos meses de janeiro e fevereiro.
A intensidade do trabalho, a volta às aulas, a vida real, com todas as suas características e particularidades, desafios e provações começa agora. O que nos espera daqui para frente? – Será que o nosso Brasil vai começar a entrar nos eixos? – Temos como superar, principalmente a crise moral que nos martiriza e nos envergonha? E será que os governantes deixarão em paz a população, não lhe repassando o ônus das falcatruas, dos desvios, dos roubos, do dinheiro desviado para campanhas eleitorais desonestas, que resultam em aumentos das contribuições para a previdência, seguidos aumentos dos preços dos combustíveis, da energia elétrica, e outras penalizações mais?
É opinião de muita gente que o país precisa se reinventar, recriar, com base em valores éticos e morais, que grande parte dos nossos líderes atuais não tem e não terão. Não se trata de uma generalização. Apesar de tudo, devemos ser justos com os bons políticos, mas muito criteriosos ao analisarmos as “fichas” e os “currículos” dos incorretos.