Desde segunda-feira, dia 04, a Administração Municipal de Capitão, atendendo o pedido do Ministério Público, cessou o acesso da população em geral ao transporte escolar. Segundo estimativas da prefeitura, mais de mil pessoas utilizavam os coletivos estudantis esporadicamente, principalmente os operários de três fábricas, que somam mais de 100 pessoas por dia.
No MP os gestores explicaram que a prática ocorria há mais de 20 anos, e em nenhum momento os alunos foram prejudicados. Também salientaram que faziam mais do que é exigido por lei, atendendo crianças da Educação Infantil e alunos que ficam abaixo do limite de dois quilômetros.
No município partem seis itinerários de ônibus no início da manhã, cinco ao meio-dia, outros cinco no início da tarde, e seis no fim da tarde. No anoitecer e no fim da noite somente dois itinerários. Além dos estudantes, era estendido a trabalhadores e comunidade em geral, que se deslocavam para a cidade para fins financeiros, de consumo, acesso à saúde e serviços públicos, entretenimento, cultura, esporte e lazer. Quatro dos veículos eram de propriedade do próprio município, viabilizados por meio do Programa Caminhos da Escola e emendas parlamentares. Os demais eram terceirizados.
Na manhã de terça-feira, o secretário de Administração, Márcio da Costa esteve reunido com os empresários que representam os operários afetados, e disse que já está em andamento um estudo de viabilidade de implantação de transporte coletivo. O município não descarta em conceder incentivo para custeio parcial.
Lembrando que no transporte escolar os municípios são autorizados somente aos estudantes da rede municipal e estadual até as instituições de ensino. O Estado cede um valor para as cidades para transportar os alunos que necessitam de condução. No total eram transportados: 100 alunos da Educação Infantil com idade superior a quatro anos; 270 alunos do Ensino Fundamental; e 70 alunos do Ensino Médio.


