Na edição do AT que circulou no dia 17 de novembro, destacava a iniciativa e a oportunidade da realização da 1ª Feira Agrícola de Arroio do Meio, que aconteceu no distrito de Forqueta, no último dia 22.
Considerando as perspectivas e o planejamento feito até então, havia a estimativa de um grande público, dada a importância da programação e os atrativos anunciados, como palestras e demonstrações, mostras de máquinas e implementos e acessórios.
Embora eu não tivesse, naquela data, a oportunidade de comparecer, posso, no entanto, comentar alguns aspectos que dizem respeito ao evento, a partir de depoimentos de várias pessoas que foram ao local e que permaneceram praticamente o dia inteiro na feira.
É inegável que faltou público. E por que se sucedeu isso? Quem convidou quem? Que tipo de mobilização foi feita na véspera? Quem fez os contatos com outros municípios? Será que foi culpa do ex-subprefeito Leandro Berwanger? Aliás, o empenho dele na organização da feira foi esquecido totalmente, a ponto de ser ignorado na solenidade de abertura, não sendo sequer mencionado e tampouco registrada a sua presença. Faltou consideração e reconhecimento. E afinal quem seriam os seus parceiros ou companheiros na organização do evento?
Sabe-se que alguns expositores não gostaram do que presenciaram. E levaram daqui uma imagem não interessante, comprometendo desde já o êxito de futuras programações neste sentido.
As lições existem para serem assimiladas. Tanto as boas, positivas, quanto as ruins, as insatisfatórias.
Parece ser uma sina e Arroio do Meio não consegue emplacar algum grande acontecimento em termos de feiras, ainda mais quando relacionadas à agropecuária. Precisamos, neste sentido, lembrar da outrora FRANGOFEST. Ocorreram três edições e o que houve para não mais sair? Com toda a importância que a agropecuária tem na economia do município, parece que o setor não está sendo valorizado e não lhe é dada a devida consideração.
Apesar de tudo, da frustração de apoiadores da 1ª Feira Agrícola, devem ser feitos registros de cumprimentos à Associação Esportiva Forquetense, que disponibilizou a sede e demais espaços e preparou os lanches, aos servidores da subprefeitura de Forqueta, aos produtores ecológicos do distrito e os que integram o grupo dos “Caminhos de Forqueta” que desenvolve o roteiro turístico local, por acreditarem naquilo que propõem. E os expositores possivelmente saberão relevar as falhas ocorridas em razão do comodismo ou despreparo de alguns que não cumpriram o seu papel.
Resultados das mobilizações
Há indícios de que as mobilizações dos produtores de leite realizadas na última sexta-feira comecem a repercutir, positivamente. Segundo a direção da Fetag/RS, “o governo começou a se mexer”. Pois o Ministério da Agricultura acena com a possibilidade de efetuar compras de estoques de leite de 38 cooperativas, todas do Rio Grande do Sul. O valor de compra de cada indústria ficaria em torno de R$ 500.000,00, que mesmo não sendo suficiente para aliviar os estoques, servirá para movimentar o mercado.
Além da anunciada compra, o Ministério da Agricultura também elevou o preço-base, de referência, do quilo do leite em pó produzido pela agricultura familiar, dentro do Programa de Aquisição de Alimentos – PAA. Essas duas medidas poderão proporcionar uma lenta reação nos preços do leite pagos aos produtores, de uma forma geral.
Prorrogação de financiamentos
A frustração dos preços dos produtos agrícolas poderá ser argumento para os agricultores buscarem a prorrogação, por três anos, dos empréstimos das linhas de custeio. O pleito é no sentido de que todas as agências financiadoras possam conceder esse possível benefício. Ficamos