As 195 agroindústrias familiares que participaram da 19ª edição da Expodireto, na cidade de Não-Me-Toque, na semana passada, comemoram os bons resultados obtidos na comercialização de seus produtos ofertados. O faturamento ou as vendas somaram mais de um milhão de reais, significando um crescimento de quase cinco por cento em relação ao ano de 2017.
Segundo a avaliação da coordenação dos pavilhões da agricultura familiar e dos próprios expositores, o evento foi positivo pela oportunidade de os estabelecimentos conseguirem divulgar produtos de qualidade, com um diferencial que é a possibilidade de o comprador/consumidor poder experimentar, degustar os itens que deseja levar, fato que normalmente não lhe é permitido nos supermercados.
Expoagro Afubra
Se a Expodireto foi bem sucedida para as agroindústrias familiares, não é menor a expectativa em torno da realização da Expoagro Afubra, que acontecerá na próxima semana, no período de 21 a 23 de março, em Rincão Del Rei, município de Rio Pardo.
Essa exposição terá um perfil diferente do que a de Não-Me-Toque, com mostras mais voltadas à agricultura familiar, em se tratando de máquinas, implementos, insumos e projetos de diversificação de atividades na pequena propriedade.
Já somam mais de 30 anos que a Afubra realiza a exposição, consagrada como uma das maiores feiras deste gênero. Como visto em todas as edições anteriores, essa próxima edição tem a expectativa de um crescimento no número de visitantes e de expositores.
Nota-se a movimentação de pessoas desta região no sentido de programarem idas ao local da exposição, para conferirem as novidades tecnológicas que podem ser úteis nas atividades de produção primária.
Decisão adiada
Em um certo momento do ano passado, fomos surpreendidos com uma informação de que a Secretaria Estadual da Fazenda adotaria uma alteração no lançamento de operações, em se tratando principalmente de sistemas de integração, nas atividades de produção de suínos e de frangos de corte.
O fato ocorreria, por exemplo, na entrada de leitões nos estabelecimentos, assim como de pintos nos aviários dos produtores. E previa-se que nessa operação ocorreriam sérios prejuízos para os municípios, na questão de apuração do Valor Adicionado Fiscal, com a necessidade de considerar os valores dos animais que entram nas propriedades, no quesito de compensação.
Embora não tenha ainda a confirmação final, mas existe a possibilidade de um adiamento dessa decisão para um momento posterior. Se efetivamente isso for ratificado, significará um ganho substancial para a região, que se destaca pelos empreendimentos no sistema de integração.
Produto valioso
Há indicativos de que a cultura da soja poderá constituir-se em um marco histórico neste ano, com uma valorização surpreendente, acima da expectativa.
Já temos lavouras em fase de colheita e o preço da oleaginosa está em um patamar que ultrapassa a casa dos 70 reais a saca de 60 quilos, com forte tendência de se manter e até melhorar ainda mais. Sucede que outros países vizinhos, também produtores, tiveram enormes prejuízos em razão de períodos de seca e certamente os volumes produzidos sofrerão quedas expressivas. Portanto, os mercados compradores terão que se submeter aos níveis de preços estabelecidos e o Brasil, como exportador, poderá ditar as regras das bases de negociação.
Mesmo que a safra brasileira também registre uma retração, de cerca de 5% no volume de produção, devido à falta de chuvas, os preços irão compensar, em parte, essa diminuição. A lei da oferta e da procura vai estar em evidência…