Operação Trapaça foi a denominação dada à ação da Polícia Federal, na segunda-feira, dia 5, para apurar ou investigar possíveis fraudes na BRF Foods, envolvendo resultados de análises de laboratório, relacionados à contaminação de carne pela bactéria conhecida como salmonela.
Essa foi a terceira fase da Operação Carne Fraca, realizada há um ano, quando o alvo foi a carne bovina, principalmente. Desta vez quatro plantas industriais da BRF, duas localizadas no estado de Goiás, uma no Paraná e outra em Santa Catarina estão sendo investigadas. E o Ministério da Agricultura suspendeu as atividades de exportação dessas unidades para mais de uma dezena de países da União Europeia, onde as exigências sanitárias são severas em relação à qualidade de alimentos, no caso da carne.
Arroio do Meio, como se sabe, teve registro de envolvimento no episódio, de uma forma curiosa e pitoresca. Pois na tentativa de localizar um profissional médico veterinário, a Polícia Federal veio buscar um agricultor, de nome igual a um técnico da empresa e somente admitiram o engano, o erro, quando já estavam na cidade de Santa Cruz do Sul para a coleta de depoimentos. Apesar do transtorno e do constrangimento, ficamos livres da suspeita de abrigarmos ações fraudulentas.
Em situações como esta, logo nos preocupamos com a possibilidade de consequências para os produtores de frango vinculados à empresa, na forma de integração. Se, efetivamente ocorrer algum embargo aos produtos de parte de países importadores, evidentemente haverá sinais de reflexos, porque a rotina será alterada.
Se hoje o setor do mercado do frango de corte estava equilibrado, em um bom momento, para o produtor, a retração de determinado volume não exportado, causará um “encalhe” nos estoques internos, visto que inexistem expectativas de um consumo “doméstico” absorver uma quantidade que poderíamos considerar de excedente.
Em suma, novamente o produtor poderá sofrer penalizações sem ter nenhuma responsabilidade pelos fatos que estão sob suspeitas.
Dia Internacional da Mulher
Ontem, oito de março, foi um dia de celebrações alusivas ao Dia Internacional da Mulher.
Vários eventos aconteceram, organizados por entidades classistas, por líderes, destacando a condição das mulheres, muitas com várias jornadas de trabalho e que ainda nos dias atuais lutam pela conquista de igualdade e de reconhecimento da sua capacidade, em todos os setores de atividades.
Não se pode deixar de lembrar a histórica marginalização à qual estavam submissas, especialmente as trabalhadoras rurais, que somente em 1991, começaram a receber o benefício da aposentadoria. Até então, a mulher rural não era reconhecida como beneficiária da Previdência. De lá para cá melhorou a condição dessas mulheres, embora ainda existam discriminações em relação ao gênero.
Que continuem as celebrações e comemorações que é uma forma de compartilharem as conquistas a fortalecerem a sua organização para que não ocorram perdas de direitos já alcançados.
Expodireto Cotrijal
Encerra hoje a 19ª edição da grande exposição na cidade de Não-Me-Toque. Sabe-se que um grande número de visitantes desta região se deslocaram até o evento que reuniu mais de 500 expositores, dentre os quais 195 agroindústrias familiares.
Foram cinco dias, de feira voltada ao agronegócio, com programação extensa, tudo girando em torno de novas tecnologias para a agropecuária, além de debates dos principais problemas que atingem o setor da produção primária. Ao lado da Expoagro Afubra, mais relacionada à agricultura familiar, a Expodireto é um dos maiores eventos, desta natureza, em todo o Brasil.