Levantamento feito em sete estados brasileiros indica que o preço pago para o produtor pelo litro de leite registrou um aumento de 7,72% no mês de abril último. Com essa reposição o produto teve um preço médio de R$ 1,15 o litro, que ainda deve estar abaixo do custo de produção do litro, se formos considerar o impacto dos custos dos insumos, como energia elétrica, combustíveis, rações, medicamentos, dentre outros.
Não há, por enquanto, nenhuma demonstração de ânimo de parte dos produtores, até porque as reiteradas reivindicações propostas nas muitas mobilizações ocorridas nos últimos meses, não encontraram respostas concretas. Lembramos especialmente as promessas de linhas de crédito, a prorrogação de financiamentos contraídos, inclusão de leite em programas sociais como forma de estímulo ao consumo, casos de merenda escolar e outros.
Enquanto a crise persiste na atividade de produção de leite, constata-se a desistência de mais e mais produtores, em consequência de inviabilidade econômica e a própria falta de mão de obra qualificada no setor, pelas dificuldades encontradas na maioria das pequenas propriedades rurais, onde a sucessão familiar está comprometida. Pois é uma tarefa não fácil, motivar e convencer os jovens, agricultores, a permanecerem em atividades que, historicamente, não oferecem segurança, por falta de garantias e deficiências em quesitos relacionados à infraestrutura e condições adequadas no fornecimento de energia, de meios de comunicação, internet, educação e saúde.
Embargos à carne de frango continua
Não há ainda uma solução para o problema do embargo à exportação de carne de frango de 20 frigoríficos brasileiros para países da União Europeia, decisão tomada há mais de 15 dias.
Além do envolvimento de autoridades do governo brasileiro, a mobilização inclui também outros países do Mercosul, na tentativa de superar as barreiras, que são consequências de justificativas ou argumentos dizendo respeito à questões de sanidade, mas que, na verdade, incluem também outros interesses comerciais e de logística.
É possível constatar-se uma crise quase global nas relações comerciais, a partir de atitudes de países desenvolvidos e ricos, como é a situação de envolvimento dos Estados Unidos com a China, Rússia e outros. E nessa guerra de interesses, inclusive com o uso de alimentos, como moeda de troca, sofrem os respingos os que produzem e procuram mercados para os seus produtos e que poderiam atender as demandas de milhões de pessoas que não têm comida suficiente.
O trânsito e seus problemas
As duas mortes ocorridas nas últimas semanas na RS 130 provocaram uma reação bastante forte na opinião pública, trazendo à tona a incapacidade dos órgãos responsáveis por essa e outras rodovias em cumprirem o seu papel. Há quase 10 anos busca-se soluções para os principais problemas, como é o caso do trevo de acesso à cidade, cruzamentos na Bremil e Vonpar, no Supermercado Dália e vários outros pontos perigosos.
Há um consenso de que é preciso insistir em atitudes. As vidas perdidas não têm preço. Não podemos silenciar diante desse caos, que se agrava dia após dia.