Depois de repetidas reivindicações de setores que representam a agricultura familiar, como Sindicatos de Trabalhadores Rurais, Federações e a Confederação, o Conselho Monetário Nacional e outros órgãos do governo federal, acenam com a possibilidade de adoção de mudanças no programa do Crédito Fundiário, anterior Banco da Terra.
É de se acreditar que agora as condições são favoráveis para a implantação de medidas que modifiquem as regras do Crédito, pois a proximidade da campanha eleitoral e a definição dos candidatos, faz com que aconteçam ações em favor do povo, com as concessões de benesses de toda ordem, visando a conquista de futuros ou posteriores apoios.
O Crédito Fundiário é um instrumento eficaz e muito importante a viabilizar o acesso à terra produtiva, dentro da grande preocupação que se tem em relação à sucessão familiar e a permanência do jovem agricultor nas propriedades rurais, especialmente na nossa região, onde a realidade não permite pensar-se, por exemplo, em projetos de desapropriações e de assentamentos, pela inexistência de áreas improdutivas.
O censo agropecuário que o IBGE realizou em todo o país e há pouco concluído, deverá mostrar uma realidade, sobretudo na nossa região, que é a diminuição do número de agricultores que exercem atividades produtivas, nos últimos 10 anos, podendo constatar-se, estranhamente, um aumento das áreas cultivadas, em decorrência do processo de “incorporação” de propriedades, que são juntadas através de aquisições ou cedidas, temporariamente, em forma de arrendamento.
Mas, enfim, vejamos alguns pontos, essenciais, alterados no programa do Crédito Fundiário, a começar pelo teto (valor máximo) do financiamento que passa dos atuais R$ 80 mil para R$ 140 mil. Essa atualização, de 75%, mesmo não contemplando o anseio e a necessidade dos agricultores, candidatos à linha de crédito, traz um certo alento, apesar de permitir somente a aquisição de áreas de tamanho reduzido.
O prazo para a quitação/pagamento do imóvel financiado passa a ser de 25 anos. Este é um fator relevante, dependendo, evidentemente, do comportamento da política financeira que estabelece as taxas de juros.
Além desses dois pontos mencionados outras alterações ainda dependem de confirmação e anúncio, através de publicação de decreto, possivelmente até o final deste mês de maio. Mas devem sofrer mudanças os requisitos de renda anual do agricultor e o teto de seu patrimônio, a inclusão de crédito para assistência técnica, bem como a idade do pretendente.
Pomares devastados
É generalizado o problema que afeta todas as plantas cítricas, árvores frutíferas, de diferentes espécies, fazendo com que as frutas caiam ao solo, com visíveis sinais de deterioração, em decorrência de algum tipo de doença.
Há vários anos tem-se percebido esse fato que, no presente momento, apresenta-se sobremodo impactante, provocando a perda de praticamente todas as frutas que se encontravam nas árvores.
Entre a cogitação de tratar-se de um grave problema, chamado de cancro cítrico ou uma infestação de mosca da fruta, fica o desafio de buscar-se uma resposta para essas dúvidas e mais do que isso, a indicação de medidas que possam ser aplicadas para um controle sanitário adequado e efetivo.
Existem informações de que o caso não é restrito a apenas uma região definida, onde, por exemplo as condições climáticas pudessem interferir. Pois a área em que o problema é percebido é abrangente e nem mesmo as “laranjas comuns” e limão escapam, espécies até então mais resistentes.
Certamente os competentes profissionais que lidam com assuntos relacionados à fruticultura estão atentos ao caso, proporcionando a todos as orientações sobre possíveis procedimentos e precauções a serem adotados.