Uma semana após o término da greve dos caminhoneiros a população sente os reflexos causados pelo breve desabastecimento, que deve normalizar nos próximos dias. O resultado foi a alta nos preços de alguns produtos e alimentos que chegaram a subir até 50% e voltaram a cair no decorrer da semana, como é o caso do tomate, batata e a cenoura. Outro exemplo é a carne bovina que chegou a subir 15% após a paralisação.
O proprietário de uma fruteira localizada no Centro de Arroio do Meio, Maicon Cardoso dos Santos, revela que antes da paralisação vendia o tomate a R$ 4,95 o quilo. Com a greve o fruto chegou a R$ 7,95 e no início da semana vendia a R$ 6,99. O mesmo aconteceu com a batata inglesa que subiu de R$ 2,48 para R$ 3,79 baixando posteriormente para R$ 2,99. Com os ovos não foi diferente. Antes da paralisação a dúzia custava R$ 4,99 subindo para R$ 6,99, caindo novamente para R$ 5,99 essa semana. “A tendência é baixar o preço e voltar à normalidade na próxima semana. Há uma boa oferta desses produtos e, por isso, o preço deve cair”, aponta.
Com esperança de que os preços dos alimentos utilizados na preparação dos pratos em seu restaurante voltem aos praticados antes da paralisação, Márcio Bettio, aguarda sem repassar os valores aos clientes. Porém lembra que se a carne, que subiu aproximadamente 15%, ovos e hortifrutigranjeiros que também tiveram alta significativa, permanecerem nesse patamar, terá que repassar, pelo menos parte dos custos. A margem de lucro segundo ele é pequena e qualquer aumento nos insumos impacta diretamente. “Nunca repassamos o aumento na totalidade ao cliente, sempre absorvemos parte do custo. O cliente procura preço”, e complementa, “recentemente absorvemos o aumento do preço da energia elétrica que teve aumento de 25%. O valor passou de R$ 1.900 para R$ 2.375”.
O supermercado Dália que estava com falta de frutas e verduras na semana passada volta aos poucos à normalidade. Entre 10 e 15 dias a situação deve estar totalmente normalizada explica o gerente Daniel Weingartner. A exemplo dos demais estabelecimentos, alguns produtos ficaram mais caros em razão da paralisação como o leite que teve alta de 10%. No entanto, em razão do inverno que se aproxima, época em que a produção diminui e o consumo aumenta, o preço deve permanecer como está. Itens como a carne, tomate, cebola e melão também tiveram o preço reajustado em torno de 12%.
Substituir é a solução
O morador do bairro Aimoré, Hailor Prediger, foi até o mercado na última semana, com objetivo de levar para casa batata inglesa e tomate, mas mudou de ideia ao ver o preço na gôndola. O aipim foi a alternativa encontrada para gastar menos. Já o tomate utilizado no molho foi substituído pelo colorau até que o preço desse alimento volte à normalidade.