O candidato ao governo do Estado pela coligação O Rio Grande no Rumo Certo, José Ivo Sartori, esteve em Arroio do Meio na sexta-feira, dia 14, num almoço de mobilização entre correligionários e militantes realizado no Centro Comunitário do bairro Medianeira, em Arroio do Meio.
O evento contou com a presença dos candidatos ao Senado, José Fogaça (MDB), Beto Albuquerque (PSB); à Câmara Federal, Márcia Scherer (MDB), Ricardo Wagner (PR) e à Assembleia Legislativa do Estado Sidnei Eckert (MDB) e Leonardo Stephan (PRP), além da presença expressiva de prefeitos, vice-prefeitos, vereadores, políticos e simpatizantes de toda região que integram a aliança que conta com PSD, PSB, PR, PSC, PATRI, PRP, PMN e PTC.
Após saudações gerais ao público presente, o prefeito de Arroio do Meio, Klaus Werner Schnack, agradeceu o apoio de outras siglas de fora da coligação na região. Qualificou a dupla de senadores e dimensionou a viabilidade do partido conquistar uma reeleição histórica no RS.
Redução do déficit e projeções
O candidato ao Senado, Beto Albuquerque, reforçou a importância da quebra de paradigmas da população sul rio-grandense, que pode estar errando se optar em não repetir o que está dando certo, defendendo continuidade do projeto. “Sartori é um gringo simples e honesto. Iniciou um trabalho sem manhas e falsas promessas. Colocou o dedo na caixa preta, mudou as regras e fez readequações no RS, que possibilitaram uma redução do déficit em dois terços menos, recuando de R$ 25 bi para R$ 8 bi. A maioria dos adversários estava mamando no governo e agora fazem conversa fiada com propostas miraculosas”, afirmou o candidato, lembrando que o PSB está junto da coligação desde 2014, com a missão de tirar o poder público estadual da crise.
Beto ainda observou a necessidade do aumento da representatividade da aliança na AL/RS, para aprovação de outras propostas importantes para a recuperação e transformação do RS, como o corte de privilégios nos outros poderes constituídos e realizar plebiscitos para avaliar privatizações de estatais que estão dando prejuízo ao Estado. Também fez um apelo para a renovação da presença do RS no Senado, para um empenho mais contundente, lembrando que durante o governo, Sartori foi 80 vezes a Brasília para renegociar a dívida, sem muitos êxitos e com pouco envolvimento do senador petista. “O Paim não é um senador do RS, ele trabalha para o PT. Um senador não pode ter ideologias, e sim estar a serviço de seu povo”, acusou.
Saída da calamidade
José Fogaça defendeu o voto inteligente. “Não se pode ser Maria vai com as outras e não ser do contra de forma sistemática. É preciso comparar, analisar as metas e pensar o que se quer para o futuro. Tomar uma decisão tranquila e não ser um gaúcho cabeça dura […] Sartori não fez maquiagem. Todas as informações de seu governo estão claras e corretas. Apesar do déficit realizou a reforma em mil escolas […] O momento tem exigido apertar o cinto e escolher prioridades. O plano de recuperação fiscal foi bem pensado, elaborado e aprovado pela Assembleia e permitirá que o RS não entre em calamidade. O governo do RS está sendo entregue melhor do que estava há quatro anos. Precisamos mudar a trajetória dos 47 anos com mais despesas que receitas. Não sacrificar o futuro das próximas gerações”, dimensionou.
Fogaça ainda qualificou Albuquerque, que já estava no posto de candidato ao Senado pela coligação em 2014, mas devido à tragédia que vitimou Eduardo Campos, assumiu o posto de vice de Marina Silva. O peemedebista também lembrou que foi senador em duas oportunidades, e sempre trabalhou para todos os governos do RS.
Valorização do capital humano
O atual governador José Ivo Sartori buscou destacar os nove partidos da coligação, 321 candidatos a deputado federal e estadual, afirmando que apesar de ser um número bastante expressivo, ainda não atinge a representatividade em todas as regiões. Por isso incentivou a mobilização da equipe pela continuidade da transformação do RS. Pediu ajuda da militância, especialmente para a política de corpo a corpo, nas ruas, nos clubes, escolas, universidades, comércio, entidades e no círculo familiar. “Vamos trabalhar juntos. A rede social não é o suficiente. Precisamos conversar, dialogar e nos relacionar”, atentou.
Segundo o governador, o poder público precisa ter cuidado, cautela e habilidade para zelar pela sociedade nas questões básicas (saúde, segurança e educação), infraestrutura e criar um ambiente favorável ao desenvolvimento no RS. “Acabou a época de que gestão se aplicava apenas à iniciativa privada. Se o poder público não tem dinheiro, não vai para ninguém e é preciso buscar a superação trabalhando. A maioria da população entende a nossa atitude. Diminuímos o número de secretarias de 29 para 17, com atuação de 16 secretários. Foi delicado administrar os interesses e a participação dos partidos no governo. Reduzimos 30% a ocupação dos cargos de confiança”, explica.
Outro resultado divulgado foi a redução do número de desempregados, de 700 mil para 450 mil, mesmo com o agravamento da crise e a alta do dólar. Conforme ele, a agricultura familiar absorveu parte da mão de obra e o setor tem colaborado para a recuperação da economia. Outro destaque citado vai para a indústria de máquinas e implementos agrícolas do RS que hoje corresponde a 60% dos negócios no Brasil. “O maior valor do RS é o capital humano e sua riqueza de etnias. Os gaúchos que peregrinaram para outros lugares do Brasil têm mostrado sua capacidade de realizar, precisamos dar esperança e oportunidade para quem continua aqui”.
Os investimentos em segurança em seu governo receberam sucessivos incrementos, com destaque para os investimentos no programa de videomonitoramento e cercamento eletrônico que integrará 420 municípios, além da recuperação de salários dos servidores da segurança, com reajustes de até 80%. “Éramos o Estado que menos pagava no país e hoje estamos em segundo ou terceiro. Na saúde reduzimos a mortalidade infantil”, enfatizou.
A grande expectativa para o próximo mandato é aderir ao regime de recuperação fiscal, que vai permitir que permaneçam R$ 11,3 bilhões de impostos que seriam destinados ao Tesouro no RS. A medida terá três anos de vigência com possibilidade de ampliar por seis anos e é vista como essencial para o aumento da capacidade dos investimentos e de fato levar as melhorias até as pontas, e entendida como importante para atender os municípios, onde as evoluções são sentidas.
No entendimento do candidato, também é preciso reabilitar a convivência das pessoas, começando pelas comunidades escolares. Cita um programa para redução violência nos educandários e pede para que as famílias voltem a participar do ambiente escolar como forma de democratizar as soluções e melhorar a qualidade no ensino. “A escola não pertence ao Estado, ela é das famílias. Não pode ser usada como aparelho de um partido político. Sem a participação de todos, não haverá melhorias na educação”, argumentou.
Por fim, disse que apesar de todas as dificuldades aceitou a missão de continuar o projeto, que será encarado por ele e por seu vice, José Paulo Cairoli (PSD), equipe de governo e apoiadores, com muita dedicação.