O ex-prefeito de Arroio do Meio, Sidnei Eckert (MDB), candidato a deputado estadual, acredita que a rejeição popular aos partidos tradicionais ligados à “velha política”, o sistema vigente de troca de apoios e favores já costurada anteriormente entre quem tem mandato com vereadores e prefeitos, o excesso de siglas partidárias, dificultaram o avanço de sua candidatura.
O arroio-meense projetava uma votação entre 19 mil e 25 mil votos, mas alcançou somente 17,3 mil, conquistando a 7ª suplência, o que tira qualquer chance de assumir uma vaga na Assembleia Legislativa. Contudo agradece equipe de trabalho e eleitores, em especial aos dos municípios mais próximos como Arroio do Meio, Capitão e Travesseiro, onde teve votação expressiva.
“O trabalho realizado na campanha política contou apenas com o esforço de parentes e amigos. Mesmo assim, em alguns municípios, conseguimos resultados melhores que outras figuras já conhecidas e que contavam com apoio declarado dentro do partido. Plantei uma semente em cada município do Vale do Taquari. Procurei me descolar de rótulos. Meu projeto não era de partido ou meramente acompanhar uma tendência, e sim um propósito em defender a nossa região. Larguei cargo na superintendência de Minas e Energia, de R$ 9 mil mensais, para me dedicar no que eu acredito. Minha missão agora será emparedar vereadores e prefeitos que apoiaram candidatos de fora, na busca de soluções para as demandas locais”.
As principais bandeiras de Eckert foram a busca pela instalação de uma referência de alta complexidade em ortopedia e traumatologia na região, obras em infraestrutura atrasadas há mais de doze anos, entre outras pautas pontuais. “Sem um deputado e com a mudança no comando do Piratini, obras como a elevada sobre a rótula da ERS-130, a duplicação, e os asfaltamentos da ERS-482 e VRS-811 ficarão mais difíceis de serem pautados entre as prioridades de governo”, afirma.
Para Eckert, os resultados nas composições do Congresso Nacional, AL/RS, e cargos para o Executivo, evidenciam, o cansaço da população com políticas sociais e de inclusão de minorias. “O povo quer ordem e disciplina, começando pela valorização da família, trabalho, igreja e da educação, e mais transparência. Não querem ver o Brasil parando por qualquer coisa”, explica.
Em sua ótica, a proibição das coligações legislativas vai ajudar a diminuir o número de partidos e consequentemente, ajudar na maturidade política da sociedade. Avalia também que a escolha massiva por representantes de direita, também fazem parte deste processo, e que em breve, o posicionamento da população ficará mais claro.
Sidnei não tem nenhuma pretensão de se candidatar à prefeitura de Arroio do Meio. “Assim como o Danilo Bruxel e eu tivemos a chance de concorrer à reeleição, entendo que o Klaus também merece”, revela.
Num primeiro momento pós-eleitoral, Eckert pretende dedicar-se ao Trabalho de Conclusão do Curso (TCC) Administração pela Univates e continuar a fortalecer seu vínculo com as demais comunidades da região, para uma nova candidatura em 2022.