A segunda campanha de vacinação contra a febre aftosa deste ano foi prorrogada até o próximo dia 10, ou seja, segunda-feira.
O Ministério da Agricultura autorizou a alteração do calendário para o Estado do Rio Grande do Sul, aceitando os argumentos apresentados pelo governo gaúcho, cujo fato principal foi a dificuldade no fornecimento das vacinas, fazendo com que muitos municípios registrassem baixos índices de vacinação, algo em torno de 50%, causando preocupação entre as autoridades sanitárias.
Tendo em vista a não ocorrência de surtos de febre aftosa no rebanho bovino nos últimos anos, neste Estado aconteceram manifestações de produtores e autoridades do setor, pleiteando a declaração da condição de área livre da doença e consequentemente, a suspensão da vacinação, a exemplo do que se verifica em alguns outros estados brasileiros.
Pelo visto ainda não é chegado o momento para essa decisão, por falta de convicções e de segurança, calculando-se o alto preço que representaria, em termos econômicos, a incidência de uma epidemia desta natureza, em um momento em que o país está reconquistando mercados de consumo de carnes bovinas, bem como suína.
É preciso ampliar um pouco a abordagem deste assunto da febre aftosa, trazendo uma informação, ou melhor, uma suspeita de um possível surto da doença em rebanhos suínos no Estado, afetando uma empresa integradora e produtores vinculados.
Por falta de confirmação do caso não posso revelar a fonte da informação e muito menos qualquer pista em relação à empresa em que possa ter sido constatado o problema. Se verdadeira a informação só temos a lamentar, considerando, sobretudo o momento em que se verifica uma reação no mercado internacional, comprando e consumindo maiores volumes de proteína animal.
Em caso positivo, o retrocesso será inevitável, com prejuízos incalculáveis para a cadeia. Ficamos na torcida de que se trate de apenas um boato, do contrário, terá que haver uma cobrança bem forte dos setores e dos profissionais responsáveis pelo controle da área sanitária.
Safra de grãos promissora
Mesmo que tenha ocorrido certo atraso no plantio das lavouras de milho neste ano, em razão das condições climáticas desfavoráveis, o atual estágio de desenvolvimento da cultura projeta uma safra otimista, devendo superar com uma boa folga o volume colhido no ano passado.
Eu mesmo pude testemunhar essa perspectiva positiva ao percorrer, no último final de semana, áreas produtoras, desde Soledade, Carazinho, até os municípios da região das missões. São lavouras extensas, prometendo uma safra de grande produtividade, com a cultura do milho se sobressaindo, mas com lavouras de soja, recém semeadas e que também despontam com esperanças.
Possivelmente os preços dos produtos fiquem um pouco aquém do esperado e desejado, mas o volume produzido deverá compensar a queda no seu valor.
Quando se vê esse potencial do setor agropecuário devemos renovar a expectativa de que a produção primária seguirá sendo importante para a recuperação econômica do Estado. O produtor acredita, utilizando inclusive tecnologias de ponta, como irrigação, para melhorar ainda mais os seus meios de produção.