O estacionamento inadequado de caminhões nas imediações da fábrica de Rações Minuano, na Barra do Forqueta, Arroio do Meio, tem sido motivo de reclamação de moradores que circulam pelo local. A falta de espaço interno obriga os caminhoneiros a estacionar as carretas em torno do trevo de acesso na ERS-130 e na rua São Miguel. Nos dias com movimento mais intenso na carga e descarga é comum ver estes veículos estacionados ao longo da rodovia, em frente a estabelecimentos nos dois lados da pista, na contramão, em vias urbanas e também em frente a residências no Loteamento da Barra.
A Polícia Rodoviária Estadual tem realizado autuações no local quase que diariamente. Como muitos motoristas não estão nos veículos, as placas são anotadas e as notificações emitidas posteriormente. Geralmente são enquadradas em infrações médias, de quatro pontos e R$ 130 de multa. Só não ocorre o recolhimento dos veículos, porque o Detran não faz o transbordo de cargas.
A avaliação é de que o espaço interno é insuficiente, e que deveria existir um posto para organização da fila em outro local, porém, inexiste sistema de comunicação eficiente na guarita da empresa, o que faz com que os caminhoneiros fiquem nas imediações, o que, na ótica policial, não os livra de multas, pois tratam-se de profissionais do trânsito.
Para os motoristas a situação também não é confortável, mas a opção ‘ilegal’ é a mais simples e prática, considerando a precariedade e urgência do segmento de logística, apesar do risco de multas.
A Brigada Militar tem autuado apenas mediante denúncias e constatações, mas não tem direcionado o efetivo para este tipo de ações, priorizando a violência pública e criminalidade. Entretanto o Capitão Ricardo Machado, diz que a corporação está à disposição da prefeitura e da empresa para uma solução técnica.
O assunto, inclusive, tem sido pauta recorrente de discussões na Câmara de Vereadores, levantadas por Roque Haas (PP). Ele defende a utilização de uma área verde, defronte à empresa, para desafogar a demanda em parte, considerando que no local caberiam em torno de 20 caminhões.
Entretanto, de acordo com o coordenador municipal da Indústria, Comércio e Turismo, Carlos Henrique Meneghini, a área em questão é da faixa de domínio do Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer), e em tese, também precisaria de licenciamento ambiental pela existência de árvores nativas.
Outro ponto cogitado, é uma área verde de propriedade das empresas, situada nos fundos da propriedade. “Estamos programando reuniões para resolver a questão. Devemos considerar que são situações geradas pelo desenvolvimento. Queremos a prosperidade das empresas, mas também precisamos levar em conta a qualidade de vida dos moradores das imediações. Assim como no Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) da BRF no bairro Aimoré, seremos parceiros da Minuano”, compartilha.
Meneghini também destaca evoluções na BRF, que realiza obras de drenagem no futuro novo acesso, pelo estacionamento municipal de caminhões.
A Companhia Minuano de Alimentos declara que “está buscando uma solução junto à empresa contratante, responsável pela frota de veículos”.