O Ministério da Agricultura deverá publicar o novo Plano Safra 2019-2020, até o próximo dia 12 de junho. Existe, de parte da Agricultura Familiar, uma ansiedade e expectativa em relação à manutenção de Programas, como são a assistência técnica, crédito fundiário, habitação rural, crédito específico para o jovem rural e um tratamento especial para os agricultores que não se enquadram nas regras do PRONAF.
Aos líderes do setor, o Ministério da Agricultura antecipou algumas informações e acenos, dando a entender que haverá um aporte de recursos para atender às principais demandas, contemplando inclusive um seguro agrícola em um modelo mais prático e com regras simplificadas.
Todos os Programas referidos são importantes para a agricultura familiar, mas os de maior efeito para a manutenção das atividades produtivas, a desejada e necessária sucessão familiar, especialmente na pequena propriedade rural, são os que tratam da habitação rural e do crédito fundiário. Ambos têm a preocupação com o futuro da atividade, com a permanência do jovem na agricultura.
Quando, efetivamente, se pensa em moradias rurais e na possibilidade de o jovem agricultor poder adquirir uma área de terras, nas regiões onde ele se encontra, se está proporcionando um estímulo e uma motivação para que haja uma continuidade das atuais propriedades. Caso não sejam adotadas políticas nesse sentido, fatalmente ocorrerá um processo de gradual desativação da maioria dos pequenos estabelecimentos rurais, considerando que atualmente a idade dos persistentes agricultores está atingindo um nível elevado, com uma reduzida capacidade de trabalho e desencorajados para novos investimentos, para a busca de novos modelos e novas tecnologias de produção.
“UMA GRANDE OPORTUNIDADE”
Foi com manifestação idêntica, que nesta semana pude ouvir um comentário do ex-ministro da Agricultura, Francisco Turra, que é dirigente da Associação Brasileira de Produtores de Proteínas animais, ao se referir à situação vivida pela China, em decorrência da peste suína, que atinge aquele país asiático.
Com muita oportunidade e propriedade o ex-ministro salientou os riscos que os países produtores correm quando não desenvolvem programas de sanidade animal. Mencionou que são poucos os governantes que se preocupam com programas de controle de doenças, focados em produzir volumes expressivos, menos preocupados com a produção de qualidade.
Colocando esse fato, Turra exalta a grande oportunidade do Brasil em mostrar para o mundo consumidor a qualificação da produção de carnes e derivados, comprovando, acima de tudo, termos um monitoramento, um controle sanitário que dá segurança e credibilidade aos nossos produtos pelo mundo afora.
MENOR PRODUÇÃO, PREÇO SOBE
Um breve tópico sobre o comportamento da atividade leiteira. O início do período de inverno já reflete na diminuição do volume de leite produzido. A menor oferta já deu sinal de reação no preço a nível de consumidor e o produtor deverá receber neste mês de maio, na sua conta, um acréscimo de 2,5% em média.
Até a metade do ano, prevê-se uma estabilidade no preço, sem variação. Só que os custos de produção não deixam de crescer. Luz, combustível, insumos e outros, não congelaram os preços.