O Sindicato dos Trabalhadores Rurais (STR) de Arroio do Meio, com extensão de base em Capitão e Travesseiro, encaminhou nesta semana o primeiro processo de aposentadoria rural pelo INSS Digital. Desde 18 de junho os agendamentos e encaminhamento de benefícios dos trabalhadores rurais no INSS, como aposentadoria, auxílio doença, licença maternidade e outros, precisam ser feitos por uma entidade conveniada. O INSS Digital utiliza processo eletrônico para a análise dos benefícios, eliminando a circulação física de papeis. Assim, toda a documentação precisa ser encaminhada de forma digital ao INSS. A entidade conveniada também precisa fazer a entrega física do processo, que consiste em apresentar os documentos originais para conferência com os digitalizados. Depois, os processos serão enviados, de forma eletrônica, para os Polos de Análise do INSS.
Foi justamente pensando em facilitar o dia a dia dos associados e demais agricultores, que o STR de Arroio do Meio buscou a habilitação e o convênio para executar o serviço. Este processo iniciou ainda no ano passado, em setembro, e só foi concluído em julho. O STR é um dos três sindicatos do Estado, e o único da região, habilitado para fazer esta intermediação com o INSS. Associados terão o serviço à disposição de forma gratuita, enquanto que os demais pagam uma taxa para cobrir os custos operacionais.
Dia do Colono
Na manhã da quinta-feira, 25, Dia do Colono e Motorista, o STR promoveu um encontro alusivo à data no CTG Querência do Arroio do Meio. Para o encontro deste ano foi convidado o professor da Unisc, João Pedro Schmidt, que fez uma análise sobre a participação da instituição governo desde a chegada dos primeiros colonos até os dias atuais.
A programação, realizada pelo terceiro ano consecutivo, tem por finalidade, segundo o vice-presidente Paulo Grassi “lembrar todos aqueles que nos antecederam, suas lutas, dificuldades e como superaram os desafios”. Além disso, o grupo discutiu o atual momento brasileiro. Para Grassi, desde 2017 o discurso de que as reformas são a salvação do país ganhou força e, assim, direitos conquistados vão sendo retirados sem que a população se dê por conta.
Paulo afirma que os movimentos populares e sindicais, que por muito tempo prestaram serviços que o governo não fazia, estão sendo combatidos, pois são um entrave à retirada de direitos e conquistas obtidas ao longo do tempo e com muita luta. Salienta que o sistema financeiro começa a ter influência muito grande sobre a gerência dos recursos das nações e que o Estado está deixando o capital agir, com a desculpa de que assim se promove o desenvolvimento. E o aspecto social é deixado de lado. “As reformas nos atingem com força. O SUS já está sendo questionado todos os dias. Faltam recursos para a saúde. Os investimentos para a agricultura não terão mais subsídios”, destaca, apontando que uma saída é o diálogo. “O diálogo vai fazer com que nos fortaleçamos enquanto sociedade. Não deixando nos manipular pelas mentiras, pelos discursos que são repetidos sem questionamentos. Hoje a tecnologia restringe a possibilidade de diálogo das pessoas. Um fala e milhares repetem, sem questionar. O momento é de perseverança, de ampliar a conversa”.