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    História Viva

    ALOYSIO SPOHR

    adminBy admin20 de setembro de 2019Nenhum comentário7 Mins Read
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    “Früher waren wir jung und schön, heute sind wir einfach schön”*, é o que comenta Aloysio Spohr, 94 anos, morador mais velho de Dona Rita.
    Conhecido pela diplomacia, foi um dos líderes que fundou a associação de água e lutou pela instalação de energia elétrica para a comunidade. Agricultor, também atuou como charreteiro, foi proprietário de alambique e precursor da avicultura integrada. Juntamente com a esposa Hilma, criou e educou oito filhos, tendo como base o trabalho e a boa convivência com os vizinhos.

    Caçula de 13 irmãos (Adolfo, Beno, Alfredo, Afonso, Osvaldo, Hilda, Winibaldo, Leopoldo, Edgar, Fridoldo, Albino e Romilda, falecida aos 18 meses de vida após uma infecção pleural), filhos de Pedro e Maria Sauer Spohr, naturais de Santa Clara do Sul. Seu pai cresceu nas imediações onde hoje está situado o monumento da Guerra dos Maragatos e, sua mãe, na extinta Picada Eckert, situada na divisa com Cruzeiro do Sul, próxima onde hoje fica São Rafael.

    O primeiro local onde residiram em Arroio do Meio foi nas imediações de onde está situada a pista de Veloterra no Parque de Eventos, com frente para rua Marechal Floriano Peixoto (Estrada Velha), no bairro São José. Quando se mudaram para Dona Rita, já tinham quatro filhos.
    A infância e juventude de Aloysio, foram semelhantes as de muitos outros jovens de Dona Rita na época. Concluiu apenas o primário. Frequentou as aulas do rigoroso José Bersch, tendo como desafio, a didática da lousa, que obrigava os estudantes a aprenderem o conteúdo de um dia para o outro, prazo em que as informações velhas eram apagadas e novas eram escritas. A hora da merenda era bastante apreciada.

    A diversão era caçar com uso de funda, jogar futebol, frequentar e participar das carreiras de cavalo, na propriedade de Nicolau Kreutz, em Arroio Grande, e dos bailes nas noites de domingo, nos salões Rockenbach (Arroio Grande) e Scherer (atual imóvel de Valdir Fahl, na rua presidente Vargas em São Caetano). “Os feriados começavam na igreja, frequentando a missa”, recorda. Entre outros passatempos, gostava de tocar gaita tecla de oito baixos.

    Profissionalmente, além de ajudar os pais na lida rural, Aloysio teve outros ofícios na juventude, principalmente com charrete e mulas. Transportava leite dos produtores até o entreposto de Leo Brentano e Edgar Schneider, na entrada da estrada de Passo do Corvo, numa casa verde, que ainda existe, nas imediações de uma esquina com a rua presidente Vargas. Brentano e Schneider beneficiavam a nata dentro de uma centrífuga e vendiam em Lajeado. O leite desnatado era devolvido aos produtores, que tratavam os suínos. “Os leitões eram mimados”, brinca. Com a charrete, Spohr também transportava doentes até o Hospital Bruno Born. “Se via cada situação impressionante”, lembra.

    Spohr é o único membro ainda vivo dos jovens que frequentaram o Tiro de Guerra, coordenado pelo tenente Bolivar Pires da Cunha, que ficava em frente ao Hospital São José, onde hoje é situada a clínica de Cláudio Grehs. Na época, os jovens ainda não iam ao quartel. Entre os ensinamentos do tenente, estava fazer uma coisa de cada vez e bem feita, ensinamento que levou consigo para a vida.

    Ele relata que também gostava de caçar lebres e pássaros, acompanhado por cães de caça. Fazia questão de atirar somente em alvos em movimento. Como não havia energia elétrica até 1965, a caça era importante para ter carne fresca na dieta das famílias, para variar um pouco da carne frita estocada em toneis com banha. Pelo mesmo motivo, os vizinhos nunca abatiam um animal no mesmo dia. “Quando alguém abatia, dava um pouco de carne fresca para cada vizinho. Assim, todos tinham a oportunidade de comer carne fresca mais vezes durante um ano”, relata.

    Houve um período em que o abate foi proibido pelos órgãos competentes. Para não serem flagrados pela fiscalização, o realizavam no mato e, à noite, de forma sigilosa, buscavam a caça, garantindo assim os suprimentos. Juntamente com o irmão Aldino, chegou a ter um alambique na localidade.
    Aloysio casou-se aos 27 anos, e já era considerado velho para casar. Se apaixonou por sua vizinha Hilma Ulrüch que tinha 17. “Na época, as pessoas casavam com, em média, 20 anos”, explica.

    O casal teve oito filhos. O representante comercial e calçadista aposentado, José Carlos, o Juca, hoje morador de Lajeado. O músico e representante comercial Inácio. Ambos tocaram no Barbarella. Juca tocava trombone e Inácio era multi-instrumentista. O despachante Nelson Spohr, falecido em acidente em 1998, tocava violão. O pedreiro e motorista Armando e o marceneiro Roberto, tocavam pistão no Miramar. A enfermeira Rosani. A dona de casa Liane. E o industriário Rogério, que há 18 anos, junto com sua esposa Marli Maria, cuida de Aloysio. Ao todo, o casal tem, ainda, 21 netos e nove bisnetos.

    Todos os filhos ajudaram o casal na agricultura. O foco era a produção de suínos, leite, gado, grãos, alfafa e outros alimentos. Tiravam 100 litros por dia ,sem ordenhadeira. “Assim como cortávamos cana e pasto na geada, trabalhávamos sob sol escaldante. O que garantia comida de qualidade na mesa e uma boa educação para os filhos”, frisa. Infelizmente o excesso de exposição solar, trouxe lesões significativas à sua pele.

    Vida comunitária

    Spohr atuou como presidente da Escola Dona Rita, onde interpelava reivindicações das famílias ao professor Roque Bersch e vice-versa. Foi um dos fundadores da associação da água.
    Juntamente com Alvino Schneiders e Leopoldo Lagemann, foi um dos líderes que lutou pela rede elétrica para comunidade, negociada com o deputado estadual Antonino Fornari. Os materiais foram buscados em Roca Sales. As famílias precisavam contribuir com dinheiro ou outros bens para a realização. Também integrou o CPM do Colégio São Miguel, onde seus filhos estudaram.

    Os principais estabelecimentos comerciais frequentados pela família eram o de José Arnhdold em São Caetano, que posteriormente foi de Leo Brentano, e o de Bruno Bersch e Reinoldo Linck, em Dona Rita. “Cliente bom era aquele que tinha cadastro de crédito, pois significava que a produção já estava compromissada a saudar os débitos”, conta.
    Ovos, galinhas, manteiga e banha eram como dinheiro em espécie. O suíno era uma fonte de proteína de giro rápido e a produção de grãos dava um plus anual. Era comum a compra de rolos de tecidos inteiros para confeccionar as roupas.

    Spohr lembra que, antigamente, eram as próprias famílias as responsáveis por abrir e manter as estradas. “Carregávamos cascalhos na cascalheira com as carroças e dedicávamos alguns dias de cada mês para a manutenção. No início era normal ter de ajudar a desatolar os veículos”, recorda.

    Entre 1971 e 1984, dedicou-se à avicultura. Saiu da atividade em decorrência da crise no mercado do frango, que levou ao fechamento da Coopave e, também, por causa do falecimento de sua esposa devido ao câncer.

    Em 1988 Aloysio foi vítima de um atropelamento, tendo ferimentos muito graves na perna esquerda e traumatismo craniano, levando 52 pontos na cabeça. O motorista fugiu do local e não foi identificado. As cicatrizes ainda são visíveis.
    Socialmente chegou a frequentar bailes da terceira idade, sendo integrante do grupo de idosos Sempre Sorrindo de Dona Rita. Muito comedido, preferia visitar e receber visitas dos amigos, do que ir a bares ou clubes. As quartas-feiras, por muito tempo, renderam bons jogos de carteado. Considera que um dos ônus da idade é justamente ter de perder os amigos.
    O fato de nunca ter se envolvido em discórdias em negociações imobiliárias, o orgulha, pois considera natural durante a vida ter que incorporar e revender áreas de terras.

    Spohr buscou sempre estar próximo de seus familiares, visitando seus quatro irmãos e sobrinhos que estão no Paraná, além de sua irmã, em Boa Vista do Buricá. Os demais ficaram no Vale do Taquari. Hoje todos os seus irmãos são falecidos. Em decorrência da saúde debilitada, não marcará presença no 7º encontro da Família Spohr que ocorre em Marechal Cândido Rondon, no Paraná. Reconhece que, atualmente, seria impossível conseguir criar tantos filhos como ele e seu pai fizeram.
    Há cerca de três anos deixou de fazer suas caminhadas na estrada da localidade, onde tinha como hábito abanar e cumprimentar a todos, e achou que não iria presenciar o asfaltamento da ERS-482. “Hoje eu acredito no asfalto”. Apesar da idade, mantém-se atualizado, na medida do possível. Faz questão de manter um telefone celular pessoal, de acompanhar o noticiário e saborear um bom chimarrão todos os dias.

    *Antigamente éramos jovens e bonitos. Hoje somos apenas bonitos.

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