HIV é a sigla em inglês do vírus da imunodeficiência humana. Causador da aids, ataca o sistema imunológico, responsável por defender o organismo de doenças. As células mais atingidas são os linfócitos T CD4+. E é alterando o DNA dessa célula que o HIV faz cópias de si mesmo. Depois de se multiplicar, rompe os linfócitos em busca de outros para continuar a infecção. Ter o HIV não é a mesma coisa que ter aids. Há muitos soropositivos que vivem anos sem apresentar sintomas e sem desenvolver a doença. Mas podem transmitir o vírus a outras pessoas pelas relações sexuais desprotegidas, pelo compartilhamento de seringas contaminadas ou de mãe para filho durante a gravidez e a amamentação, quando não tomam as devidas medidas de prevenção. Por isso, é sempre importante fazer o teste e se proteger em todas as situações.
O HIV é um retrovírus, classificado na subfamília dos Lentiviridae. Esses vírus compartilham algumas propriedades comuns: período de incubação prolongado antes do surgimento dos sintomas da doença, infecção das células do sangue e do sistema nervoso e supressão do sistema imune.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) estimou em 2018 que cerca de 1 milhão de pessoas morrem todos os anos por não saber que estavam contaminadas pelo HIV ou por começarem tarde demais o tratamento contra a doença. Por isso é importante fazer exame e iniciar o tratamento antes do desenvolvimento da aids. Quando ela se desenvolve, o paciente passa a ter uma deficiência imunológica e passa a ter uma série de complicações de saúde.
A doença é mais recorrente entre homens do que entre mulheres, no Brasil, mas a diferença vem diminuindo ao longo dos anos, segundo o Ministério da Saúde. A prevenção à aids inclui uma série de métodos que vão além das camisinhas masculina e feminina. Entre eles, os medicamentos das profilaxias pré-exposição (PrEP) e pós-exposição (PEP), que estão entre os mais eficazes para proteger homens que fazem sexo com homens – parcela da população em que a doença mais avança.
AUTOTESTE
O ministério anunciou que, desde janeiro de 2019, a rede pública de saúde passou a oferecer o autoteste de HIV para populações-chave e pessoas em uso de medicamento de pré-exposição ao HIV. A pessoa faz o teste em casa. Já o teste rápido, feito na unidade de saúde, está disponível a todos os interessados.
TRATAMENTO
Ainda de acordo com o boletim epidemiológico, desde 2013, quando os antirretrovirais passaram a ser distribuídos a todos os pacientes soropositivos, independentemente da carga viral, até setembro de 2018, 585 mil pessoas com HIV estavam em tratamento no Brasil. A maioria – 87% – faz uso do dolutegravir, que aumenta em 42% a chance de supressão viral (diminuição da carga de HIV no sangue) em relação ao tratamento anterior. A resposta, neste caso, também é mais rápida: no terceiro mês, mais de 87% dos usuários já apresentam supressão viral.