Em Arroio do Meio, de acordo com o secretário da Agricultura Eloir Lohmann, apesar da estiagem, pandemia e enchente, os agricultores estão entusiasmados e motivados a continuar produzindo. Afinal, o mundo precisa de alimentos de qualidade e o trabalho da classe é essencial para superar essa crise.
Na suinocultura, em 2020, a capacidade de alojamento na terminação está sendo ampliada em 3,5 mil suínos lote. Ao todo, são cinco novos empreendimentos, dois em Picada Arroio do Meio, um em São Caetano, um em Forqueta Baixa e um em Passo do Corvo. Os investimentos por parte dos suínocultores ultrapassam R$ 2 milhões. Um terço das instalações já está concluída, outro está em obras e outra parte está em fase de terraplanagens. Até o momento, a prefeitura prestou mais de duzentas horas de serviços de máquinas.
Lohmann observa que a suinocultura está num bom momento, e que a automação de mais de 75% dos chiqueiros existentes no município, proporciona avanços de gestão e controle sanitário dos lotes. “Com menos mão de obra, sobra mais tempo para olhar e cuidar dos suínos”, complementa.
Na avicultura, apesar das sondagens e intenções de alguns avicultores, nenhum investimento concreto ocorreu nos últimos 42 meses. “A tecnologia avícola é cara e deprecia mais rapidamente do que outras culturas, o que desmotiva novos empreendimentos”.
Na bovinocultura de leite, o destaque vai para a construção de dois compost barns, em Linha 32, na família Käfer, e Passo do Corvo, na família Kortz, além, de ampliações de galpões já existentes. Os investimentos chegam próximo a R$ 1 milhão. A contrapartida do município também foi de prestação de serviços de máquinas e transporte de cargas de materiais.
Outro destaque na bovinocultura foi a continuidade da construção de silos trincheira, três neste ano, totalizando 35 nesta gestão. O custo por silo gira em torno de R$ 25 mil. O município também prestou serviços de máquinas. Segundo Lohmann, a estrutura otimiza a logística dentro da propriedade, gera menos perdas de alimento e transtornos nas lavouras. “Num silo cabem até 15 hectares de silagem. Quem tem o vagão com misturador, consegue preparar a dieta completa do plantel de uma forma mais eficiente”, observa. Os silos trincheiras também são interessantes para o ente público, pois diminuem a prestação de serviços na época da colheita da silagem.
Outra novidade no setor é que, nesta temporada, haverá cinco máquinas autoclass, disponibilizadas pelos prestadores de serviços, para fazer silagem no município. “A tecnologia atua especialmente no esmagamento do grão, fazendo com que a fermentação do amido se espalhe por todas as fibras, aumentando os nutrientes e melhorando a nutrição dos animais”, analisa.
Por fim, Lohmann destaca a ampliação dos frigoríficos de Palmas e comemora a conquista da certificação do Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem Animal (SISBI-POA), que vai potencializar a atuação das agroindústrias do município. “A agricultura do município vai bem. Nos últimos 10 anos ocorreu uma transição interessante. São os produtores que estão buscando qualificação no manejo técnico, melhoramento genético do plantel e gestão. Não há mais uma pressão do mercado e sim uma vontade de melhorar a capacidade e a qualidade produtiva e, consequentemente, a lucratividade”, concluiu.


