A Emater/RS-Ascar Regional participa de uma pesquisa nacional da Embrapa sobre a infestação da cigarrinha, inseto que ataca o milho e tem causado prejuízos nas lavouras da região. Na semana passada foram coletadas amostras em uma lavoura de Jair Brentano, no Passo do Corvo, Arroio do Meio e, posteriormente, encaminhadas para a Embrapa.
Conforme o engenheiro agrônomo da Emater de Arroio do Meio, André Müller, foram encaminhadas espécimes da cigarrinha e também das folhas de plantas afetadas. A partir de amostras coletadas em todo o país, a Embrapa terá um panorama nacional e vai dar continuidade ao desenvolvimento de variedades de milho resistentes à praga. Segundo André, os danos ao milho causados pela cigarrinha em si, não são significativos. O problema é que ela transmite os molicutes, que são micro-organismos que causam o enfezamento do milho, o que reduz a produtividade e causa perdas significativas.
A cigarrinha é uma praga já conhecida no Brasil. No Rio Grande do Sul sua ocorrência é mais recente e de forma intensa neste ano. Em Arroio do Meio muitas lavouras foram afetadas. A sequência de plantio, com uma segunda safra no verão, aliada à proximidade das lavouras, facilita a proliferação da cigarrinha, que migra de uma plantação para a outra levando a doença. Segundo Müller, diferente da lagarta do cartucho, o biocontrole da cigarrinha só existe na forma de formulados à base de fungos e, muitas vezes, obriga o agricultor a monitorar no desenvolvimento inicial da lavoura.
Em âmbito de Emater Regional estão sendo coletadas amostras em Arroio do Meio, Barão, Bom Princípio, Dois Lajeados, Estrela, Forquetinha, Harmonia, Santa Clara do Sul, São Sebastião do Caí, Taquari e Teutônia.
