A pandemia não acabou. A vida continua, mas não dá para relaxar nas medidas. Lavar as mãos com frequência com água e sabão, usar álcool em gel, usar máscara, evitar aglomerações desnecessárias, continuam sendo medidas obrigatórias, já que estamos vendo aumento de casos. Em Arroio do Meio, de umas semanas para cá, os casos ativos preocupam, entre os quais alguns regredindo para maiores complicações. Já estamos com 37 óbitos e ontem, seis pessoas continuavam internadas na UTI. Esperamos que possam superar a doença e sair bem.
O prefeito Danilo Bruxel disse nesta semana que a administração está preocupada e reforçou que as pessoas não podem relaxar nas medidas. Apesar das vacinas estarem seguindo seu cronograma, enquanto o percentual de pessoas totalmente imunizadas com a segunda dose, não atingir um percentual mais elevado, a recomendação é manter a vigilância. Tanto pessoal, quanto das demais pessoas da família, colegas de trabalho e amigos. Então gente, vamos nos cuidar.
A violência contra crianças
Não temos números precisos, mas a violência contra crianças e adolescentes durante a pandemia aumentou. No mundo todo. Aqui no Brasil, o tema tem sido manchete há várias semanas com casos como do menino Henry e nesta semana, ficamos estarrecidos com o caso da mãe que gravou a tentativa de suicídio e de morte da própria filha.
Apesar das manchetes e dos casos serem explorados exaustivamente quando ocorrem, principalmente com pessoas mais conhecidas, sabemos que o número de casos é muito grande e a violência contra crianças e adolescentes é velada e oculta, principalmente em casa. Não se trata apenas de violência física, mas também psicológica, emocional, que envolve tratamento negligente, sem oferecer condições e direito a um desenvolvimento saudável, numa idade tão importante. Dificilmente, a criança tem como se defender, provar e reconhecer os abusos a que é submetida.
Quando se fala em violência contra as crianças, o que preocupa é que ela acaba sendo crônica, como uma doença que passa de pai ou mãe ou dos dois para o filho. Indefesa, a criança pode sofrer danos psicológicos irreversíveis e na vida adulta repetir os mesmos padrões de agressividade. E esta vulnerabilidade da criança deve ser também uma preocupação do Estado, independente da pandemia ou não.
Longe das escolas
Durante a pandemia, em que as restrições sociais fecharam escolas ou reduziram o período de atendimento, muitas crianças ficam ainda mais expostas, nas mãos de pais ou adultos, sem preparo, estressados, impacientes ou irritados que descontam na criança seus problemas, frustrações da vida pessoal e trabalho. Relações de conflito entre o próprio casal, acabam desabando nas crianças e adolescentes. São poucas as famílias que têm condições de se adaptar rapidamente com maturidade e naturalidade ao momento em que vivemos.
Há 40, 50 anos atrás, havia poucas escolas infantis. Na nossa realidade, envolvendo a maioria dos municípios, as crianças cresciam em famílias ainda numerosas. Eram cuidadas pelos irmãos mais velhos e, como a maior parte das pessoas vivia na área rural, conviviam com a família. Os pequenos ficavam atentos aos afazeres e dia-a-dia dos adultos. Iam para a roça, acompanhavam a lida da casa e cedo já se acostumavam a fazer pequenas tarefas. Era um ambiente mais saudável, em meio à natureza, e sem comparação ao espaço mais limitado nos centros urbanos que muitas tem que enfrentar hoje em casa, apesar da parafernália tecnológica. Sem escolinha, em período integral, o que já vem ocorrendo há mais de um ano, quantas crianças têm o privilégio de contar com cuidados afetivos de pais e/ou adultos afetivamente disponíveis? Comparativamente, muitas mães que trabalham estão enfrentando um dilema: ficar em casa, abrir mão da profissão, entregar para cuidadoras (os custos ficam elevados) ou ficar na expectativa até que a crise sanitária seja superada, que haja escolinha em tempo integral.
Cabe destacar que com a crescente entrada da mulher no mercado de trabalho, as escolas comunitárias de educação infantil, passaram a ser uma necessidade e para acolher estas crianças, houve um gradativo e permanente preparo e treinamento para que estas professoras e demais profissionais pudessem acolher as crianças e atendê-las promovendo seu bem estar e desenvolvimento integral.
Panorama e olhar sobre a indústria
Estamos encartando nesta edição um especial com dados e informações gerais e diversificadas sobre a participação da indústria na economia. São dados relevantes, como é o caso do aumento das nossas exportações em 2021 e confirmam o quanto a indústria local, na opção pela diversificação, faz nossa economia girar, garantindo um equilíbrio quando algum setor passa por uma crise maior. A nossa indústria é um elo da produção agrícola e impacta sobre os demais setores, garantindo renda para grande parte da nossa população.
O presidente Adailton Cé resumiu bem, falando que os desafios são a permanente modernização e aumento da produtividade, mas alertando que as políticas são fundamentais e que Congresso e o Governo Federal devem trabalhar de forma convergente além de avançar e votar as reformas, como é o caso da Tributária.