

Com o tempo muito dos aspectos físicos de uma rua se modifica, chegam novas edificações, vão-se algumas antigas. Muitas permanecem e são reformadas, ganhando outro visual.
Com a Gustavo Wienandts não foi diferente e, entre as memórias encontradas, com pesquisa de Wanderley Theves, o Xumby, estão imagens da esquina onde hoje está o Restaurante Ritt’s, assim como a foto do primeiro prédio do estabelecimento. Outra imagem bastante antiga, mostra residência construída na rua Marechal Floriano em 1933, cuja imagem no verso servia como documentação, assinada no mandato de Wienandts, onde constava a quem pertencia a residência. Este tipo de documento era bastante comum naquela época e podia valer como comprovação do bem.
Na década de 1970, a Feira 4-S (Saber para Sentir, Saúde para Servir), de produtores, que era realizada em frente ao prédio da Emater. Ainda memórias do antigo depósito de bebidas, que ficava próximo ao Supermercado Meneghini, onde hoje está a residência de Elemar Wallerius.
Também desta década, a lembrança da primeira equipe do Banco do Brasil, que teve seu primeiro endereço na Gustavo Wienandts, datada de 9 de novembro de 1982, com gerência de Rudi Müller.
O homenageado
Natural de Taquari, Gustavo Wienandts veio para Arroio do Meio aos 18 anos. Aqui conheceu sua esposa, Erna Fleck, filha de Cristiano Fleck e casou-se, tendo três filhos: Nilo, Rubens e Ethel (falecida ainda criança). Começou sua vida como caixeiro balconista e, mais tarde, foi gerente da Companhia de Navegação Arnt, onde era acionista.
Wienandts foi nomeado prefeito e geriu o destino da então emancipada Arroio do Meio de 1937 até 1938, sendo o segundo prefeito do município. Era um homem afável e preocupava-se em auxiliar as pessoas e a cuidar e aconselhar os mais jovens. Um homem de visão, participação comunitária, que engajou-se no movimento emancipacionista e viu seu objetivo alcançado em 28 de novembro de 1934.
Ao assumir o executivo, representou a coligação PTB/PRA. Dedicado ao município, participou do grupo empreendedor que construiu o Frigorífico Ardomé. Ao deixar a prefeitura, dedicou-se ao trabalho em sua tipografia. Foi nessa época que sua saúde ficou debilitada. Internado em Porto Alegre, faleceu no jardim do Moinhos de Vento, lendo jornal. Os atos fúnebres foram prestigiados por um grande número de pessoas, que vieram propor homenagem a este líder que desempenhou importante papel na história da cidade.
Os dados pertencem ao livro Entre Memórias, de Claci Gasparotto e Neusa Alberton, que cita como fontes também a neta de Gustavo, Liane Wienandts Bergmann e pesquisa junto ao livro Arroio do Meio ano 50.