Esteve em Arroio do Meio, na sexta-feira, o secretário estadual do Desenvolvimento Econômico, Edson Brum, para um almoço com correligionários. O momento foi uma oportunidade para estreitar laços com líderes locais e da microrregião, que puderam conversar pessoalmente com o deputado estadual licenciado.
Antes disso, Brum, acompanhado por emedebistas, fez uma visita ao jornal O Alto Taquari, abordando uma série de assuntos envolvendo a pasta que chefia e investimentos programados pelo governador Eduardo Leite (PSDB).
O secretário tem feito o esforço de manter as empresas gaúchas no RS e atrair novas empresas para o estado. Entre elas, 13 empresas hoje situadas no Oeste de SC, que estão descontentes com a estrutura logística catarinense, entre outras políticas econômicas. “O Temer fez um ajuste que permite a troca de empresas entre estados de uma mesma região, sem a necessidade de consultar o Conselho Nacional da Fazenda (Confaz)”, disse.
Brum também detalhou o funcionamento do Fundopem, cujo desconto no ICMS considera o número de empregos existentes em cada município, Índice de Desenvolvimento Humano e outros fatores. “Arroio do Meio, parte de 30%, mas os descontos podem chegar a 90% se os investimentos usarem energia limpa e sem impacto ambiental, por exemplo. A carta de intenções é analisada por um colegiado, que tem instituições e entidades como a CUT, Fiergs, AL/RS, Coredes, entre outros”. Segundo ele, há mais de 80 empresas com pedido de Fundopem, totalizando R$ 3,5 bihões. Outro ponto importante detalhado pelo deputado é a desburocratização que permite um rebate direto dos descontos, não sendo necessário garantias na totalidade.
A secretaria também está intermediando a vinda de uma fábrica de garrafas de vidro para o RS, que depende hoje do fornecimento de garrafas de outros estados e do Uruguai, o que torna as bebidas gaúchas muito caras. Entretanto, é um investimento que só vai se concretizar com a privatização da Sulgás que está obsoleta. Segundo ele, o vidro pode ser reutilizado até 18 vezes e o pet retornável, no máximo, seis. O uso do pet descartável está sendo proibido mundialmente.
Na mesma linha do vidro, Brum observa que os veículos elétricos serão uma realidade de mercado e que o RS fez ajustes importantes na lei de veículos elétricos. Destacou uma empresa de Caxias do Sul, que ganhou um concurso da Imbev e vai produzir 35 mil caminhões elétricos para transportar 17 toneladas, primeiramente para a própria indústria de bebidas. “Estamos estudando bastante a lei da Califórnia, para reduzir o custo de produção de baterias que hoje são importadas e são muito caras”.
Também destacou a importância de incentivo e manutenção de empresas de inteligência e de tecnologia do RS, como a AEL, de Porto Alegre, que hoje desenvolve mecanismos para forças armadas no mundo inteiro. “SC tem mais empregos mas, num geral, temos melhores salários”, avalia.
Brum ainda falou de nove leis criadas para facilitar investimentos. Entre elas o pró-etanol, que vai fazer com que o RS deixe de pagar imposto sobre o álcool para outros estados, outra para o setor de aço para silos e o Difal – Diferencial de Alíquota do ICMS, que reduz impostos sobre alguns produtos vindos de outros estados, como o vestuário, de 18 para 12%, mantendo a competividade do nosso comércio.
A capacidade de investimentos do Daer, passando de R$ 150 milhões por ano para R$ 150 milhões por mês também foi comemorada. “Vamos pagar todos os convênios antigos e realizar obras históricas. O trabalho político foi bem articulado, com bom fluxo de caixa, tornando o ambiente favorável para estes investimentos”. Assim como o ‘Pavimenta e Inconicidades’, direcionado diretamente para a demanda urbana dos municípios.
As linhas de financiamento e de capital de giro para o setor de turismo, hospedagem e alimentação também foram abordadas. “Partem de um ano de carência e cinco anos pra pagar. Valores até R$ 187 mil podem ser avalizados pelo RS Garanti. Além de juros ainda mais baratos para empresas que tiveram mais de 50% de mulheres no Capital Social. Para hotéis o Fungetur desenvolveu uma linha com três anos de carência e 20 anos para pagar”.
O secretário também aproveitou para divulgar o Mobiliza-RS, que é uma oportunidade de qualificação de empresas e profissionais por meio de uma parceria do governo, com o Sistema S e o Google, voltada para o e-Commerce.
Por fim, Brum falou de política. Disse que o MDB terá candidato ao Piratini e que o nome de José Ivo Sartori é unânime. Também vê como interessantes as possibilidades de Eduardo Leite para 2022 ou 2026 dentro do grupo Centro Democrático. “48% dos eleitores não querem Lula nem Bolsonaro”.