Uma semente trazida do Mato Grosso rende grandes frutos na propriedade de Ditmar Immich, em Linha Pitsch/Forqueta, em Arroio do Meio. Trata-se do ingá de metro, uma árvore originária da Floresta Amazônica e que ocorre também na chamada floresta atlântica, do Rio Grande do Norte até Santa Catarina. No Rio Grande do Sul não é comum por causa das baixas temperaturas, especialmente a geada.
Ditmar plantou a semente há 15 anos e, no ano passado, foi a primeira vez que a árvore, que mais se parece com um arbusto, frutificou. Neste ano o pé está mais carregado e o que chama a atenção é o comprimento das vagens, fazendo jus ao nome. No início da semana Ditmar esteve na redação do AT com duas vagens do ingá. A maior media 81 centímetros. O agricultor conta que já colheu maiores, com até 95 centímetros.
Assim como o ingá feijão, que é comum na região, come-se a polpa branca que envolve a semente. O gosto lembra o ingá feijão, um pouco mais adoçado e de consistência mais firme.
Saiba mais
Nome cientifico: Inga edulis
Nomes populares: Ingá de metro
Características: Árvore de médio porte, de seis a 15 metros de altura. Folhas pinadas com cerca de 10 folíolos de 15 a 20 centímetros, unidos na base por uma pequena bainha. Flores brancas em cacho, como uma esponja. Fruto em vagem cilíndrica verde de até um metro contendo até 10 sementes envoltas em polpa branca comestível. As sementes são compridas, três centímetros, pretas. A germinação é muito fácil desde que plantadas logo que colhidas. Se secarem não germinam mais. Desenvolvimento rápido.
Utilidades: Fruto comestível pelo homem e animais. Melífera. Pioneira e rústica, especialmente em ambientes úmidos.
Época de floração e frutificação: Floresce em dezembro a janeiro. Frutos maduros em maio. Pode frutificar outras vezes, em meses diferentes. (Fonte: Árvores do Brasil).
Ingá: conheça os benefícios da fruta amazônica
O ingá é o fruto da ingazeira, uma árvore muito encontrada no Brasil. Apesar de não ser uma das mais famosas frutas, ela é rica em ótimas propriedades que podem beneficiar muito a saúde.
Também chamado de ingá-branco, ingá-chichica e ingá-mirim, é comum na região amazônica. Seu formato se assemelha a uma vagem. Ainda, seu nome é de origem indígena e significa “ensopado” – cheio de água.