Recentemente tive a oportunidade de rodar e conhecer o interior do nordeste brasileiro, incluindo assim sete estados como Bahia, Sergipe, Alagoas, Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte e o Ceará, local exponencial na produção de milho e com duas grandes bacias leiteiras, onde existem grandes oportunidades.
Resistência à seca, boa palatabilidade, além de alta capacidade de adaptação ao meio ambiente, elevados índices de produção de biomassa e custos menores. Essas são algumas características que transformaram a palma forrageira, um cacto, em um dos alimentos mais valiosos e estratégicos para os rebanhos de regiões áridas e semiáridas do Nordeste brasileiro. É uma espécie de coringa da dieta local. Isso porque, além de ser a base do alimento volumoso desses animais, ainda funciona como um reservatório de água, que garante a hidratação do gado nas zonas mais secas.
Sabemos que o nordeste é grande produtor de hortifruti e, inclusive, referência na exportação de melão, a transposição do Rio São Francisco também faz com que ocorra a viabilidade da produção de frutas, que alavancam a economia local.
A vala que compõe a transposição é feita por canalização de concreto na dimensão de 33 metros de largura por três metros de profundidade.
Quando falamos na produção de cereais, a região planta aproximadamente 300 mil hectares de milho, viabilizando a produção leiteira e bovinocultura de corte, além da produção de grãos para consumo humano e granjas de aves.
A fertilidade do solo também é um ponto importante que viabiliza a produção, obtendo assim boas produtividades e atingindo excelentes ganhos ao final do seu ciclo.
Alguns clientes com maior potencial, já fazem o uso de pivô central, garantindo que a cultura finalize seu ciclo, caso ocorra a falta de chuva no decorrer do seu desenvolvimento.
Como podem observar na imagem, linhas gêmeas, pois após a colheita do melão ou melancia, já aproveitam a linha da irrigação para o desenvolvimento do milho, garantindo assim a viabilidade produtiva.
Como a maioria dos produtores são oriundos de agricultura familiar, para não perder o ponto ideal de corte do milho para a silagem, ambos se ajudam para fazer o processo de ensilagem.
A produtividade de massa verde fica em torno de 40 toneladas, por hectare. Já na produção de grãos, varia de 80 a 135 sacas por hectare.
Para melhor entendimento da linha gêmea, essa é uma área que o plantio é realizado no início da estação das chuvas, sem irrigação no desenvolvimento do milho.
A leitura que tive após conhecer e entender melhor como funciona nessa região distinta, é que em todos os cenários, o principal ponto sempre é a chuva, todos buscam obter lucratividade dentro da sua realidade, portanto, sem água, a produção é inviabilizada.