Por meio de uso de recursos provenientes dos passivos da reposição florestal obrigatória da Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Infraestrutura, 12 áreas com cerca de 10m x 30m (3.000m²) nas margens do Rio Forqueta foram escolhidas pela Univates para integrar um dos projeto e estudos para a restauração da mata ciliar a margens de afluentes da Bacia Hidrográfica do Taquari-Antas.
Das 12 áreas definidas, quatro estão em Travesseiro e duas em Marques de Souza. Também serão avaliadas áreas em Arroio do Meio e Encantado. O projeto tem como objetivo de definir metodologias eficazes para a restauração da cobertura vegetal das margens de rios e arroios da região cuja vegetação encontra-se degradada.
Nesse caso, os recursos para a reposição florestal aos quais a Univates teve acesso, são oriundos da Companhia Estadual de Energia Elétrica (CEEE) (atualmente Grupo CEEE/Equatorial). São cerca de R$ 222,8 mil captados da CEEE para a execução do projeto. À universidade caberá, como contrapartida, manter a equipe de trabalho composta por três bolsistas de iniciação científica e pesquisadores que atuam no projeto.
Toda a pesquisa será coordenada pela professora doutora Elisete Maria de Freitas e está vinculada ao Programa de Pós-Graduação em Sistemas Ambientais Sustentáveis (PPGSAS) da Univates. Estarão diretamente envolvidos a pesquisadora líder, dois mestrandos e três bolsistas de iniciação científica.
Às administrações municipais que trabalharem em conjunto com a universidade caberá, por exemplo, o auxílio no transporte de mudas e materiais necessários para a implantação das metodologias. Parte das mudas a serem utilizadas está sendo produzida no campus da Univates. Nos 12 locais escolhidos à margem do Forqueta são cerca de quatro mil mudas a serem plantadas.
Conforme a coordenadora do projeto, muitas das margens dos rios e arroios na região são cobertas por espécimes de plantas exóticas invasoras, por exemplo, a amoreira, a brachiaria ruziziensis, “encrenca de vizinho” e capim mombaça. “Muitas destas plantas serão removidas para que possamos testar novas metodologias nas áreas”, afirma.
A estimativa é que o projeto seja concluído em 2024. Ao fim do trabalho, livros, cartilhas e produção científica estarão disponíveis à população, como uma forma de ampliar a pesquisa desenvolvida pela universidade.
Até o momento, conforme Elisete, já estão definidos quatro pontos em Travesseiro nas localidades de Barra do Fão, São João e Picada Felipe Essig. Em Marques de Souza serão dois pontos as margens do Forqueta. “Todas as intervenções e estudos estão acordados com proprietários das áreas, através de termos e contratos”, explica.