Tenente-Coronel Zucco Deputado Estadual/PSL
Há muito tempo que o feriado nacional de 7 de setembro não tinha o significado que tem este ano. Há 199 anos, Dom Pedro brandiu a espada e, às margens do riacho Ipiranga, proferiu a frase histórica:
– Independência ou morte!
Foi um basta à exploração de Portugal, um grito de liberdade nascido do seio da população brasileira. A exploração orquestrada por Lisboa chegara ao limite, culminando na reação que uniu todos os segmentos e classes sociais em uníssono.
Sou do tempo em que crianças e adolescentes – e também os adultos – aguardavam com ansiedade o 7 de setembro. Era a ocasião de acordar cedo, lustrar o sapato, engomar a camisa, ensaiar a banda marcial do colégio, treinar coreografias e estrear uniformes.
O grande dia era precedido pelas horas cívicas onde além de recapitular a Declaração da Independência entoávamos o Hino Nacional a plenos pulmões para ratificar nosso orgulho e patriotismo. O Desfile da Mocidade reunia famílias, além de vizinhos, amigos e clubes esportivos, de serviço e o movimento tradicionalista. 7 de setembro era sinônimo de união em torno da pátria.
Infelizmente hoje é rara a realização de desfiles de escolas em todo o país. A radicalização fez do verde-amarelo um símbolo “inimigo”de quem se nega a professar amor pelo Brasil. Preferem colocar à frente interesses ideológicos, através da política do “quanto pior, melhor” que ignora os problemas do Brasil e dos mais necessitados atingidos pela pandemia.
A reafirmação do 7 de setembro é mais necessária do que nunca. A liberdade – inspiração que levou ao “grito do Ipiranga” – nunca esteve tão ameaçada. A livre manifestação foi transformada em crime, impedindo que opiniões divergentes sejam tornadas públicas.
Para algumas autoridades críticas são consideradas “atentados”, mas com interpretações diferentes conforme os personagens envolvidos. Não raro as redes sociais exibem depoimentos violentos que pregam o assassinato do Presidente Bolsonaro.
Ele, aliás, foi vítima de um atentado na campanha eleitoral de 2018 que jamais foi elucidado. Sequer tivemos a divulgação do teor do telefone celular do responsável pela facada, situação mascarada pelo “segredo de justiça”. Estes episódios, todavia, são menosprezados por quem não hesita em tirar do ar canais do YouTube, manifestações por WhatsApp e outras manifestações públicas de opinião.
Por tudo isso, existe uma grande expectativa em torno deste 7 de setembro. Há notícia de manifestações Brasil afora, organizadas por simpatizantes do Presidente da República, unidos a brasileiros indignados com a falta de coerência no julgamento de episódios análogos.
Esta indignação move milhões de brasileiros que seguem Bolsonaro nas motociatas em diversos Estados. Por onde passou não houve registro de um único distúrbio. Situação bem diferente das manifestações de seus desafetos marcadas por incêndios, quebra-quebras, depredações e pichações. Propriedades privadas e prédios públicos são alvos frequentes da fúria daqueles que têm dificuldade em conviver com os contrários.
Apesar da turbulência observada desde a eleição de 2018, a aliança forjada em 7 de setembro de 1822 se mantém firme. Tem sido fortalecida por brasileiros que despertam cedo, trabalham duro, empreendem, geram emprego, renda e desenvolvimento. Estão alheios a movimentos de boicote contra o país. O bem vai prevalecer sobre os pilares do respeito às leis, do patriotismo e do amor inarredável pelo Brasil.